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Motoristas aceitam aumento de 17,66%
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Acordo fechado ontem entre os
sindicatos dos motoristas de caminhões de coleta de lixo e das
empresas prevê suspensão de
movimento feito pela categoria na
madrugada de anteontem, quando caminhões foram bloqueados,
prejudicando o serviço, e resíduos
foram despejados nas ruas.
O acordo foi fechado em audiência de conciliação no TRT
(Tribunal Regional do Trabalho)
de São Paulo. Na audiência, os
trabalhadores, que negociam dissídio da categoria, aceitaram aumento de 17,66%, que já tinha sido oferecido pelas empresas.
Na segunda-feira, o TRT julgará
pedido para que a mesma porcentagem seja aplicada sobre benefícios pagos aos trabalhadores,
item em que não houve acordo.
Por conta do protesto e da ação
dos motoristas de ônibus, a prefeita Marta Suplicy chegou a chamar anteontem de "crime organizado" a ação das duas categorias.
Devido à declaração, a Força
Sindical, a quem o sindicato dos
motoristas é ligado, anunciou que
vai entrar com uma ação na Justiça contra a prefeita e ameaça processá-la por danos morais.
A Força, presidida por Paulo
Pereira da Silva, o Paulinho, também informou ter encaminhado
uma denúncia contra a administração municipal à Organização
Internacional do Trabalho.
O sindicalista divulgou nota
chamando Marta de "arrogante"
e repudiando a postura da prefeita em relação à paralisação do
transporte coletivo, ocorrida na
segunda e terça-feira.
O secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Luiz Tarcísio
Teixeira Ferreira, afirmou que ele
mesmo entregou representação
ao Ministério Público pedindo
apuração das ações do "crime organizado".
Luiz Ferreira classificou a reação da Força como "um movimento eleitoreiro". Paulinho é
provável candidato às eleições
municipais em 2004.
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