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São Paulo, sábado, 12 de abril de 2003

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Motoristas aceitam aumento de 17,66%

DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE

Acordo fechado ontem entre os sindicatos dos motoristas de caminhões de coleta de lixo e das empresas prevê suspensão de movimento feito pela categoria na madrugada de anteontem, quando caminhões foram bloqueados, prejudicando o serviço, e resíduos foram despejados nas ruas.
O acordo foi fechado em audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo. Na audiência, os trabalhadores, que negociam dissídio da categoria, aceitaram aumento de 17,66%, que já tinha sido oferecido pelas empresas.
Na segunda-feira, o TRT julgará pedido para que a mesma porcentagem seja aplicada sobre benefícios pagos aos trabalhadores, item em que não houve acordo.
Por conta do protesto e da ação dos motoristas de ônibus, a prefeita Marta Suplicy chegou a chamar anteontem de "crime organizado" a ação das duas categorias.
Devido à declaração, a Força Sindical, a quem o sindicato dos motoristas é ligado, anunciou que vai entrar com uma ação na Justiça contra a prefeita e ameaça processá-la por danos morais.
A Força, presidida por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, também informou ter encaminhado uma denúncia contra a administração municipal à Organização Internacional do Trabalho.
O sindicalista divulgou nota chamando Marta de "arrogante" e repudiando a postura da prefeita em relação à paralisação do transporte coletivo, ocorrida na segunda e terça-feira.
O secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, afirmou que ele mesmo entregou representação ao Ministério Público pedindo apuração das ações do "crime organizado".
Luiz Ferreira classificou a reação da Força como "um movimento eleitoreiro". Paulinho é provável candidato às eleições municipais em 2004.


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