São Paulo, terça-feira, 12 de abril de 2011

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Tragédia antecipa recolhimento de armas

Massacre em escola leva governo a antecipar a campanha de desarmamento de junho ou julho para 6 de maio

José Sarney (PMDB) vai apresentar proposta para a realização de um novo referendo sobre o desarmamento


DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO


A tragédia que vitimou 12 jovens no Rio de Janeiro levou o governo a antecipar a campanha de desarmamento para maio. A previsão é que armas comecem a ser recolhidas a partir do dia 6.
Inicialmente, a campanha começaria em junho ou julho. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um conselho com membros do governo e da sociedade será formado para coordenar a campanha.
Ontem, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que vai apresentar aos líderes partidários uma proposta para a realização de um novo referendo sobre o desarmamento.
Para especialistas em segurança pública, se o acesso a armas fosse dificultado e o controle fosse maior, a tragédia poderia ter sido evitada.
"As armas só poderiam ser vendidas para policiais, militares ou empresas de segurança", diz Ignácio Cano, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e membro do Laboratório de Análise da Violência.
Já o ex-vice-presidente da Frente Parlamentar pelo Direito da Defesa, Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS), discorda. "Se proibir a venda, vai aumentar a quantidade de armamento ilegal."
Wellington Menezes de Oliveira usou duas armas para matar os alunos no Rio. Uma delas havia sido roubada em 1994 do dono original, que tinha o registro. Não se sabe como ela chegou às mãos do atirador. (LARISSA GUIMARÃES, GABRIELA GUERREIRO e AFONSO BENITES)


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