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MEC faz plano para ajudar país a subir em rankings
Colocação das federais no mundo preocupa
PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO
Para que as universidades
brasileiras passem a frequentar mais e melhor os rankings
internacionais de qualidade,
o Ministério da Educação está preparando um plano para
aumentar a quantidade de
publicação de brasileiros em
meios científicos.
"Estamos terminando um
estudo aprofundado dos rankings para potencializar a
participação das federais
brasileiras", diz Luiz Cláudio
Costa, secretário de Educação Superior do ministério.
Conforme a Folha publicou ontem, a ciência brasileira amarga posições ainda
inexpressivas nos rankings
internacionais mais renomados do mundo.
A intenção do MEC é começar o projeto com as universidades federais mais reconhecidas, com os cursos mais
tradicionais de graduação e
pós, injetando recursos específicos para pesquisa.
"Vamos fomentar a publicação e a citação. Citação se
faz por meio de intercâmbio
de acadêmicos e estudantes,
incentivando trabalhos conjuntos com universidades internacionais", afirma ele.
Para o secretário, a desvantagem do país é muito
clara. Na lista dos pesquisadores mais citados do mundo, ele diz haver em torno de
cinco brasileiros, ao passo
que a Universidade Harvard
(EUA) tem uma centena.
"Existem revistas científicas altamente conceituadas,
como a "Nature". Por ano, temos uma média de três a
quatro [artigos publicados
por pesquisadores brasileiros]", exemplifica.
Segundo Costa, o principal problema hoje das instituições brasileiras é reconhecimento, e não exatamente
produção. Para justificar sua
afirmação, ele cita um estudo
da Unesco em que o Brasil é o
13º maior produtor do mundo de ciência nova.
METODOLOGIA
Costa considera que os
rankings internacionais têm
problemas metodológicos,
mas reconhece que eles são,
no mínimo, coerentes.
"Os rankings têm muitos
questionamentos, mas as
universidades mais bem avaliadas são as que mais contribuem para o avanço da humanidade," afirma o secretário. Ele diz "olhar com mais
carinho" o THE (Times Higher Education) e o recém-criado QS.
Na última edição do THE,
divulgada no mês passado, o
país era o único Bric (grupo
formado por Brasil, Rússia,
Índia e China) que não tinha
nenhuma instituição entre as
cem melhores.
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