São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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Faltam fiscais na vigilância, diz especialista

DA SUCURSAL DO RIO

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Ricardo Rosenfeld, afirmou que, devido à falta de funcionários, a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro não realiza uma fiscalização eficiente nos laboratórios e nos hospitais que fazem a manipulação e o uso da nutrição parenteral.
"Não tem gente suficiente e não existe uma política de acompanhamento regular dos casos", declarou.
De acordo com Rosenfeld, as falhas na fiscalização podem explicar o fato de já terem ocorrido problemas de contaminação da nutrição parenteral dos únicos três laboratórios localizados no Rio -Pronep, Nutriente e Ganutre.
Ele disse ser muito difícil determinar se a piora ou a morte de um paciente que precisa de nutrição parenteral é provocada pelo próprio soro ou por uma infecção pré-existente.
Rosenfeld afirmou que a contaminação pode ocorrer dentro da indústria que fornece o insumo ao laboratório, durante o processo de manipulação do produto ou no próprio hospital.
A nutrição paranteral é uma fórmula de manipulação feita sob medida para cada paciente. Segundo Rosenfeld, a solução é composta por aminoácidos, gordura, carboidratos e componentes químicos como zinco, cobre e manganês.
A diretora do Centro de Vigilância Sanitária do governo estadual, Maria de Lourdes Moura, disse que a fiscalização que tem sido feita no Rio é rigorosa e que, toda vez que ocorre uma suspeita, o órgão toma as medidas necessárias em menos de 24 horas.


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