São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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SAÚDE

Governo diz que atendimento foi afetado em 12 dos 60 hospitais do Estado; em Ribeirão Preto, doações de sangue caíram pela metade

Greve chega ao segundo dia sem acordos

DA REPORTAGEM LOCAL
FREE-LANCE PARA FOLHA RIBEIRÃO

A greve da saúde no Estado de São Paulo chega ao segundo dia sem perspectiva de acordo. Também não há consenso nos números do movimento.
Segundo o Sindsaúde, que reúne trabalhadores estaduais, 18 hospitais "estão em greve" na capital e sete no interior, além de oito unidades e dezenas de postos.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que, em 12 dos 60 hospitais do Estado, o atendimento está parcialmente suspenso. Outras cinco unidades, ainda segundo a secretaria, "também estão com atendimento prejudicado".
Segundo o governo, a "possibilidade de aumento só será analisada no fim do mês", por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. A folha de salário já estaria comprometendo 48,1% da receita.
O Sindsaúde faz protesto no dia 14 de maio, diante da secretaria, e assembléia geral no dia 21. Na sexta-feira, o comando da greve se reúne com os médicos do Hospital das Clínicas de São Paulo para avaliar a possibilidade de greve.
Os servidores em greve também devem organizar uma coleta de agasalhos e serão convidados a doar sangue para compensar a queda nas doações do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Nesse hospital, o volume de doações diárias caiu de 100 para 50. Os servidores do hemocentro, o principal da cidade, também aderiram à greve ontem.
Hospitais de São Paulo, especialmente o Hospital das Clínicas, que tendem a receber mais pacientes com o aumento da greve, atenderão emergências, internados, consultas e procedimentos que os médicos considerarem inadiáveis.


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