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Mãe suspeita que Isabella foi morta por ciúme
Ana Carolina Oliveira diz à TV Globo acreditar que Alexandre Nardoni e Anna Jatobá tenham sido autores do crime
Ela constituiu advogada para acompanhar de perto, como testemunha de acusação, o eventual processo contra o casal
DA REPORTAGEM LOCAL
Ana Carolina Oliveira, mãe
da menina Isabella, 5, afirmou
que já constituiu uma advogada
para acompanhar de perto, como testemunha de acusação, o
possível processo contra Alexandre Nardoni e Anna Jatobá
pelo assassinato de sua filha.
Ela disse em entrevista ontem
no "Fantástico", da TV Globo,
acreditar que o casal é suspeito
da morte da menina, em 29 de
março, e que é possível que agiu
motivado por ciúmes. Eles negam -dizem que uma terceira
pessoa cometeu o crime.
"De uma forma ou de outra a
imagem dela [Isabella] era a
minha imagem", afirmou. O
promotor Francisco Cembranelli já havia afirmado que a
discussão entre o casal que culminou na morte foi motivada
pelo ciúmes de Anna Jatobá em
relação à mãe de Isabella.
Ana Carolina disse ainda que
busca forças em Deus para buscar Justiça para a filha. "Porque
a Justiça vai ser feita", disse. A
mãe da menina disse também
que, ao chegar ao prédio de
Nardoni, ainda encontrou Isabella com vida. "Ajoelhei na
frente dela e coloquei a mão no
peito. Disse: "Filha, fica calma
que a mamãe está aqui.'"
A mãe de Isabella contou ainda que não falava com Nardoni
e, quando precisava tratar de
assuntos como a pensão de R$
250 de Isabella, sua saúde ou
educação, tinha que tratar com
o pai dele, Antonio Nardoni.
Segundo ela, nem no dia do enterro de Isabella Nardoni se dirigiu a ela.
"Ele não falou comigo em
momento algum (...) não olhou
para mim e não veio falar comigo. Ela [Anna Jatobá] me viu
chegar e deu um abraço indiferente. Disse: você nem ligou para ela no sábado. Achei de uma
frieza e não perdi meu tempo
em responder", afirmou.
Ana Carolina disse também
que tem dificuldade para conviver com a idéia de que Nardoni
é suspeito do assassinato. "É
muito difícil saber que uma
pessoa tenha a capacidade de
chegar nesse nível". Ela contou
ainda que enfrentou Nardoni
quando ela ameaçou de morte a
ela e à sua mãe quando Isabella
foi colocada pela primeira vez
na escola. Disse também que se
tivesse uma segunda chance
não teria feito nada diferente
em relação a Isabella.
"Eu fiz tudo por ela, eu não fiquei devendo nada nesta vida
para ela. O meu amor de mãe, a
minha dedicação, tudo que eu
fiz por ela enquanto ela esteve
comigo", afirmou.
Nesta semana, o desembargador Caio Eduardo Canguçu
de Almeida, do Tribunal de
Justiça, deve decidir se concede ou não liberdade provisória
para Nardoni e Anna Jatobá.
O casal foi denunciado por
homicídio triplamente qualificado pelo Ministério Público e
cumpre prisão preventiva desde o último dia 7 de maio.O desembargador analisa uma liminar que pede não só a liberdade
do casal mas também a anulação do despacho do juiz que
acolheu a denúncia do Ministério Público. Nardoni está preso
na carceragem do 13º Distrito
Policial e Anna Jatobá em uma
penitenciária em Tremembé.
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