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No AM, cheias favorecem ataques de jacarés
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Com as cheias dos rios no
Amazonas, a população do Estado já sofre com o acúmulo de
lixo e com o ataque de animais,
como cobras e jacarés.
De janeiro a abril deste ano,
foram 70 casos registrados de
ataques, segundo a Secretaria
de Estado da Saúde.
Os animais entram nas casas
porque as águas dos rios encobrem o assoalho. A população
está sendo orientada a procurar os postos de saúde e a se vacinar contra tétano, febre amarela e hepatite.
A dona de casa Celeste dos
Santos, 45, moradora do bairro
da Glória, na zona sul de Manaus, diz ter conseguido escapar por pouco de um ataque de
um jacaré-açu de 1,60 m de
comprimento ao correr para o
fundo da casa. Outros moradores jogaram pedras no animal
até ele ir embora.
"Nunca tinha visto um jacaré
tão perto. Tomei um susto
quando vi o bicho na minha
porta", conta Celeste.
No mesmo período do ano
passado, foram 50 registros de
ataques desses animais.
300 mil sem aulas
As chuvas já deixaram mais
de 300 mil pessoas atingidas,
segundo a Secretaria Nacional
de Defesa Civil.
Todos os 62 municípios amazonenses estão em situação de
emergência.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, o ano letivo
está comprometido em vários
municípios, deixando 300 mil
estudantes sem aula.
Os municípios mais afetados
no Amazonas são Anamã, Careiro da Várzea, Itacoatiara,
Barreirinha, Canutama, Urucurituba e Parintins.
Ontem, em Manaus, o nível
do rio Negro atingiu 28,95 m,
ultrapassando a cota de emergência, que é de 28,90 m.
A previsão é que o volume de
água do Negro continue a se
elevar até o mês de junho,
quando ocorre o pico da cheia.
Pará
No Pará, foi confirmada ontem a segunda morte provocada pelas enchentes atuais. Em
Porto de Moz, o corpo um bebê,
de idade ainda não identificada,
foi encontrado afogado. A cidade fica localizada no oeste do
Estado, a região mais atingida
pelas cheias.
Em Santarém, o rio Tapajós
registrou seu maior nível já medido -mais de 9 m-, de acordo
com o major Augusto Lima, da
Defesa Civil do Estado, que diz
que "ele continua subindo".
No total, 179 mil pessoas foram afetadas pelas águas na
área. Cerca de 25 mil delas estão fora de suas casas.
Ontem, foram doados 2.200
m3 de madeira apreendidos pelo Ibama (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)
para que ribeirinhos possam
construir assoalhos mais altos
dentro das casas.
(KÁTIA BRASIL E JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
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