São Paulo, terça-feira, 12 de maio de 2009

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Secretaria da Segurança não se pronuncia sobre as investigações

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Segurança foi procurada ontem, mas não se manifestou sobre as investigações dos 493 homicídios ocorridos em maio de 2006, durante a primeira das três ondas de ataques do PCC naquele ano.
A reportagem solicitou à secretaria a indicação de um representante para prestar esclarecimentos sobre aquelas mortes, inclusive a dos 43 integrantes das forças de segurança, mas o pedido não foi atendido até a conclusão desta edição.
A Segurança Pública também não esclareceu os 54 casos (com total de 89 vítimas) com "características de execução" e nos quais a Ouvidoria da Polícia de São Paulo reuniu indícios de participação de grupos de extermínio que contam com a participação de policiais.
Como a pasta não indicou representante para falar, os resultados das investigações sobre os 48 casos de "resistência à prisão seguida de morte" (81 mortos) da época também ficaram sem esclarecimentos.
Por meio de nota oficial, o Comando Geral da PM informou que os homicídios em que seus integrantes são envolvidos passam por uma investigação administrativa e que são analisados pela Promotoria.
"Desse modo, eventuais ações abusivas são devidamente apuradas, e seus responsáveis, punidos no rigor da lei. Contudo, não se têm notícias sobre abusos praticados por policiais militares à época dos fatos, tendo todas as denúncias recebidas sido devidamente apuradas. Ocorreu, sim, uma pronta resposta da PM em razão da violência extremada praticada por criminosos, sendo tal resposta empreendida na medida do potencial agressivo utilizado", diz a nota. (AC e LK)


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