São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2010

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MARIA THEREZA DE SIQUEIRA VERRONE (1941-2010)

A psicóloga que trabalhou com adoção internacional

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Existem cerca de cem mães espalhadas pelo mundo hoje que só tiveram seus filhos graças ao trabalho de Maria Thereza de Siqueira Verrone.
Psicóloga formada pela Universidade de SP em meados da década de 70, ela foi funcionária da Vara da Infância e da Juventude do Foro da Lapa, na zona oeste da capital.
Por quase 30 anos, era responsável por avaliar casais estrangeiros e indicar ao juiz a possibilidade de eles adotarem crianças brasileiras.
Seu trabalho era extremamente sigiloso, conta o filho Luiz Antonio. Só podia comentar alguma coisa depois que a adoção fosse realizada.
Os novos pais continuavam sendo acompanhados por ela após receberem as crianças.
Muitos casais chegavam a mandar presentes para a psicóloga, em agradecimento.
Maria Thereza adorava crianças e até pensou em adotar um bebê que ficou dois dias em sua casa à espera de vaga no orfanato. Mas ela, casada desde 1961 com o engenheiro e professor da USP Vicente Verrone, já tinha quatro filhos e não foi adiante.
Segundo o filho, Nininha -como era chamada- era uma mulher gentil e muito séria com a educação dos filhos -não passava a mão na cabeça quando eles erravam.
Em casa, gostava de pintar e presenteava amigos com quadros. Também ajudava o marido a digitar projetos, porque ele fazia os trabalhos à mão.
Aposentada desde 2004, morreu no domingo, Dia das Mães, aos 69, em decorrência de um câncer. Deixa viúvo, quatro filhos e três netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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