São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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Alckmin divide reajuste de professor em 4 anos

Aumento total é de 42,2%, sendo 13,8% em 2011; piso sobe para R$ 1.894

Este é o 1º reajuste unificado desde 2008; gestão Serra defendia aumento apenas com base no desempenho


CAROLINA LEAL
DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou ontem uma proposta de aumento de 42,2%, dividido em quatro anos, no salário-base dos professores de São Paulo. O reajuste, que inclui aposentados e pensionistas, ainda tem de ser aprovado na Assembleia Legislativa.
O reajuste deste ano (13,8%) será dado em 1º de julho. Com isso, o salário inicial para jornada de 40 horas vai de R$ 1.665 para R$ 1.894.
Esse é o primeiro reajuste estendido a toda a categoria desde 2008, quando foi concedido 5%. O governo José Serra, antecessor de Alckmin, defendia uma política de aumentos apenas com base no desempenho.
Apesar do reajuste unificado, Alckmin vai manter o bônus por desempenho (que leva em conta a nota das escolas em avaliação) e a valorização por mérito (que só engloba os docentes que vão melhor em uma prova).
O governador, porém, estuda alguns ajustes. O reajuste deste ano inclui e incorpora ao salário uma gratificação de R$ 92 recebida por docentes da ativa -o que faz com que o aumento de fato gire em torno de 8%.
A porcentagem já inclui a reposição da inflação dos últimos 12 meses, medida em abril pelo IPCA, de 6,51%.
Essa era a última gratificação que ainda não estava incorporada. As inclusões beneficiam principalmente aposentados, já que eles perdem o direito aos benefícios quando saem da ativa.
Funcionários da rede (como merendeira, secretário e bedel) também terão aumento dividido em quatro anos. O reajuste médio de 34% deste ano incorpora gratificação. Os reajustes devem custar R$ 824 milhões em 2011.
A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado), Maria Izabel Azevedo Noronha, disse que a proposta é "um bom início de conversa", mas são necessárias mais medidas, como melhorias no plano de carreira.
Os professores reivindicavam reajuste de 36,74% neste ano para reposição de perdas desde 1998. Desde então, dizem, os reajustes dados não deram conta de repor toda a inflação do período.
O sindicato também quer que o reajuste seja retroativo a 1º de março (data-base).
Uma das metas da gestão atual é melhorar a posição da rede paulista em rankings internacionais. Para isso, ela recorreu a uma consultoria externa, que apontou a necessidade de reajustes para professores. A Secretaria da Educação, porém, diz que o aumento já era planejado.

Colaborou o "Agora"

FOLHA.com
Veja os reajustes
folha.com.br/sa914252


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