São Paulo, domingo, 12 de junho de 2011

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Transporte e água são os problemas da nova região

Moradia popular também é desafio a ser enfrentado

DE SÃO PAULO

As disparidades econômicas e sociais são o problema de fundo da Região Metropolitana de São Paulo, reconhecem Estado, prefeitos e especialistas, mas a nova metrópole tem demandas pontuais e urgentes que também irão desafiar a sua consolidação.
Água, por exemplo, é problema tanto "de mais" quanto "de menos". O combate às enchentes e a crise no abastecimento são duas das questões emergenciais da região.
Para o excesso, a prioridade é atualizar o plano de macrodrenagem, conjunto de intervenções antienchente que é de 1998 e nem chegou a ser totalmente executado.
Já em relação à falta de água, a questão é como investir para evitar, por exemplo, o fato de a maior metrópole do país ter de trazer água até de Minas. A demanda é o dobro da disponibilidade, o que obriga a buscar água nas bacias do rio Piracicaba e do sul de MG.
Outro problema é a reduzida oferta de transporte público e a integração precária ou inexistente dos diversos modais (ônibus, trens, metrô etc) e sistemas (municipal, regional, estadual, local).
O Metrô, por exemplo, nunca saiu da capital. Agora, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) diz que pode levar a malha metroviária para Taboão da Serra e o ABCD.
Outra questão é redefinir políticas e ampliar investimentos para reduzir a crise de oferta de moradias populares.
Presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, que representa sete cidades, o prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), lembra o equívoco dos anos 1970, quando foram construídas quase 15 mil casas populares em Carapicuíba. "Virou uma cidade-dormitório, pois não houve investimentos na economia."
"Não sou pessimista com nenhuma experiência nova", diz, sobre o papel do Conselho de Desenvolvimento, que deverá ser o órgão central da metrópole. "[As cidades] terão de ser protagonistas."

PACIÊNCIA
Para Edson Aparecido, secretário de Desenvolvimento Metropolitano, um dos problemas a ser enfrentado é conciliar a tentativa de corrigir o desequilíbrio a longo prazo e resolver as demandas emergentes das cidades.
"Ouvimos o pessoal que implantou as regiões metropolitanas de Paris, Barcelona e Toronto. Todos disseram que se, ao mesmo tempo em que fazemos o processo de mudança qualificada, não atendermos o que está batendo na porta do prefeito, o que é urgente, a coisa naufraga."


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