São Paulo, domingo, 12 de junho de 2011

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FOCO

Presos em bagageiro de avião são alvos de piada no trabalho

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Um local escuro, frio, apertado e onde só se pode andar de cócoras ou ajoelhado. Esse é o cenário descrito por dois funcionários que ficaram presos no bagageiro de um avião prestes a decolar.
"A gente pensava que ia morrer", diz o auxiliar de rampa Marcelo Bezerra, 31.
Ele e Rogério Almeida, 28, funcionários da Swissport, ficaram trancafiados no bagageiro do Boeing 737-300 da Webjet que ia de Guarulhos ao Rio, no último domingo.
"Já tínhamos carregado o avião quando um funcionário mandou a gente buscar a mala de um passageiro que não ia mais viajar", conta Bezerra. Um mecânico da Webjet, dizem, fechou a porta sem checar se havia alguém.
O avião só não voou porque um deles achou a maçaneta e abriu o bagageiro. Antes, gritaram por socorro, socaram e chutaram o teto.
A dupla agora é motivo de chacota no aeroporto. "As pessoas falaram que a gente não precisava se esconder no bagageiro para viajar de graça. Mas não sabem o trauma que vivemos", disse Bezerra.
Se voassem, corriam o risco de morrer devido ao frio (de até 5º C) e a contusões.
A pedido do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, os dois mudaram de setor.
A Webjet diz que atendeu os procedimentos de segurança, que os funcionários ficaram presos por apenas dois minutos e que "irá avaliar o incidente em seu ciclo de prevenção de acidentes".

Colaborou SILVIA FREIRE


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