da Sucursal e Brasília

O grande desafio educacional a ser enfrentado pelo Brasil na próxima década será atender à demanda por vagas no ensino médio e investir na formação de professores para melhorar a qualidade do ensino fundamental.
A avaliação foi feita ontem no encerramento da reunião que avaliou o cumprimento das metas estabelecidas pela Conferência Mundial de Educação para Todos, que reuniu 157 países em Jomtien (Tailândia), em março de 90.
De 91 a 98, a matrícula nas escolas estaduais de ensino médio (antigo 2º grau) aumentou 114%. Apenas na rede estadual, o número de alunos pulou de 2,8 milhões para 5,3 milhões no período.
Como há pelo menos 8,5 milhões de alunos no ensino fundamental com mais de 14 anos que deverão ser colocados em classes de aceleração, a expectativa é que haja"explosão" na demanda por vagas.
O presidente do Consed (entidade que reúne os 27 secretários estaduais da Educação), Éfrem Maranhão, disse que vê com "preocupação" o crescimento da demanda de vagas no ensino médio, já que os Estados são obrigados a destinar 15% de sua arrecadação ao Fundef por mais oito anos.
"Ao priorizar o ensino fundamental, a educação infantil e o ensino médio ficaram órfãos", disse.
"Conseguimos universalizar o atendimento, mas ainda é preciso melhorar muito a qualidade. Além de treinar professores, é preciso investir em programas de aceleração de aprendizagem para corrigir o fluxo", disse Maria Helena Guimarães, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas em Educação).


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