São Paulo, Sábado, 12 de Junho de 1999
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SAÚDE
Hospital cobrou parto da paciente e do SUS
Ministro encaminha queixa contra hospital

free-lance para a Folha

O ministro da Saúde, José Serra, disse ontem no Rio que vai entregar ao Ministério Público Federal denúncia contra a Casa de Saúde e Maternidade Campinho, na zona norte da cidade.
Segundo informações dadas ao ministro pela paciente Renata Costa Batista Baracho, ela pagou ao hospital R$ 1.000 por um parto (cesariana), no final de fevereiro.
Ainda assim, a casa de saúde teria cobrado do SUS (Sistema Único de Saúde) R$ 356,88 pelo serviço médico e devolvido o mesmo valor a Renata.
Outras pacientes contaram ter tido o mesmo problema ao responder às cartas que o ministério enviou para saber como era o atendimento em hospitais públicos.
Segundo Serra, "a intenção (do encaminhamento da denúncia) não é interditar a maternidade, porque ela faria falta aos moradores da região". Assim que o Ministério Público analisar o caso, segundo o ministro, "haverá um processo judicial, e vão ter de devolver o dinheiro, integralmente".
Os pacientes de hospitais públicos podem fazer denúncias e avaliar o atendimento por meio do Disque-Saúde -0800-611997. A ligação é gratuita.
Só no mês passado, cerca de 40% dos telefonemas se referiam a denúncias sobre cobranças irregulares e atendimentos inadequados.
O hospital não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Uma integrante da diretoria da Casa de Saúde e Maternidade Campinho, que se identificou como Raimunda, disse apenas que "o problema já foi resolvido com o ministro".

Manifestação
José Serra esteve ontem no Rio para assinar a transferência de dois hospitais federais para o município: os hospitais gerais de Jacarepaguá e da Piedade.
Os guardas de endemia, funcionários que trabalham no combate à dengue no Estado do Rio, aproveitaram a presença de Serra na cidade para fazer um protesto.
Eles afirmam que os 6.000 profissionais que trabalham em regime de contrato temporário serão demitidos no fim de junho, quando terminará o atual contrato. Serra não quis comentar o caso.
Os funcionários, porém, erraram o local da manifestação. Enquanto o ministro estava no Palácio da Cidade, em Botafogo, que pertence à prefeitura, eles protestavam em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, sede do governo do Estado.


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