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SAÚDE
Hospital cobrou parto da paciente e do SUS
Ministro encaminha queixa contra hospital
free-lance para a Folha
O ministro da Saúde, José Serra,
disse ontem no Rio que vai entregar ao Ministério Público Federal
denúncia contra a Casa de Saúde e
Maternidade Campinho, na zona
norte da cidade.
Segundo informações dadas ao
ministro pela paciente Renata
Costa Batista Baracho, ela pagou
ao hospital R$ 1.000 por um parto
(cesariana), no final de fevereiro.
Ainda assim, a casa de saúde teria cobrado do SUS (Sistema Único de Saúde) R$ 356,88 pelo serviço médico e devolvido o mesmo
valor a Renata.
Outras pacientes contaram ter tido o mesmo problema ao responder às cartas que o ministério enviou para saber como era o atendimento em hospitais públicos.
Segundo Serra, "a intenção (do
encaminhamento da denúncia)
não é interditar a maternidade,
porque ela faria falta aos moradores da região". Assim que o Ministério Público analisar o caso, segundo o ministro, "haverá um
processo judicial, e vão ter de devolver o dinheiro, integralmente".
Os pacientes de hospitais públicos podem fazer denúncias e avaliar o atendimento por meio do
Disque-Saúde -0800-611997. A ligação é gratuita.
Só no mês passado, cerca de 40%
dos telefonemas se referiam a denúncias sobre cobranças irregulares e atendimentos inadequados.
O hospital não se pronunciou
oficialmente sobre o caso. Uma integrante da diretoria da Casa de
Saúde e Maternidade Campinho,
que se identificou como Raimunda, disse apenas que "o problema
já foi resolvido com o ministro".
Manifestação
José Serra esteve ontem no Rio
para assinar a transferência de dois
hospitais federais para o município: os hospitais gerais de Jacarepaguá e da Piedade.
Os guardas de endemia, funcionários que trabalham no combate
à dengue no Estado do Rio, aproveitaram a presença de Serra na cidade para fazer um protesto.
Eles afirmam que os 6.000 profissionais que trabalham em regime
de contrato temporário serão demitidos no fim de junho, quando
terminará o atual contrato. Serra
não quis comentar o caso.
Os funcionários, porém, erraram
o local da manifestação. Enquanto
o ministro estava no Palácio da Cidade, em Botafogo, que pertence à
prefeitura, eles protestavam em
frente ao Palácio Guanabara, em
Laranjeiras, sede do governo do
Estado.
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