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Comandante da base policial atingida por bomba promete reagir a ataques
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Dezessete horas após uma
bomba ter explodido dentro do
pátio da 1ª Companhia do 3º
Batalhão da Polícia Militar, no
Jabaquara (zona sul de SP),
sem ter feito vítimas ou causado danos ao local, o comandante da base, o capitão Ricardo
Boreli, prometeu reagir com rigor a novos ataques.
"Obviamente, se o marginal
quiser enfrentar, quiser vir para cima, vai levar a pior. É assim
que a gente está encarando isso, entendeu?", declarou ontem, por telefone, Boreli.
O capitão, porém, discorda
da investigação da Polícia Civil,
que trabalha com a hipótese de
o atentado ter sido feito a mando da facção criminosa PCC.
"Era uma bombinha de são
João, atirada por alguém que
queria aparecer", desconversou Boreli, que, mesmo assim,
manteve seu grupamento precavido e de prontidão. "Estamos com a atenção redobrada."
Desde 12 maio, quando o
PCC insuflou os primeiros ataques contras as forças de segurança do Estado, o capitão tem
orientado seus comandados a
tomar cuidado. Boreli, porém,
se recusa a dizer quais são essas
recomendações. "Se eu falar,
você vai dar uma cartilha para
os marginais lerem e pegarem
nossos policiais", justificou ele.
Segundo Orlando José, chefe
dos investigadores do 35º DP,
onde a ocorrência foi feita, a base da PM estava desprotegida
por volta da 1h de ontem, quando dois homens numa moto
preta atiraram a bomba perto
do estacionamento e fugiram.
Ninguém foi preso. O artefato
tinha baixo poder explosivo.
"Foi um cochilo da PM. Depois do incidente, a Polícia Militar reforçou a segurança", disse o policial civil. Em razão do
ataque à base da PM, o comando local fez uma reunião de
emergência para tratar do fato,
segundo a Folha apurou.
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