São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 2006

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Comandante da base policial atingida por bomba promete reagir a ataques

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Dezessete horas após uma bomba ter explodido dentro do pátio da 1ª Companhia do 3º Batalhão da Polícia Militar, no Jabaquara (zona sul de SP), sem ter feito vítimas ou causado danos ao local, o comandante da base, o capitão Ricardo Boreli, prometeu reagir com rigor a novos ataques.
"Obviamente, se o marginal quiser enfrentar, quiser vir para cima, vai levar a pior. É assim que a gente está encarando isso, entendeu?", declarou ontem, por telefone, Boreli.
O capitão, porém, discorda da investigação da Polícia Civil, que trabalha com a hipótese de o atentado ter sido feito a mando da facção criminosa PCC.
"Era uma bombinha de são João, atirada por alguém que queria aparecer", desconversou Boreli, que, mesmo assim, manteve seu grupamento precavido e de prontidão. "Estamos com a atenção redobrada."
Desde 12 maio, quando o PCC insuflou os primeiros ataques contras as forças de segurança do Estado, o capitão tem orientado seus comandados a tomar cuidado. Boreli, porém, se recusa a dizer quais são essas recomendações. "Se eu falar, você vai dar uma cartilha para os marginais lerem e pegarem nossos policiais", justificou ele.
Segundo Orlando José, chefe dos investigadores do 35º DP, onde a ocorrência foi feita, a base da PM estava desprotegida por volta da 1h de ontem, quando dois homens numa moto preta atiraram a bomba perto do estacionamento e fugiram. Ninguém foi preso. O artefato tinha baixo poder explosivo.
"Foi um cochilo da PM. Depois do incidente, a Polícia Militar reforçou a segurança", disse o policial civil. Em razão do ataque à base da PM, o comando local fez uma reunião de emergência para tratar do fato, segundo a Folha apurou.


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