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Acusado é preso e Porsche é abandonado em estacionamento
Veículo, avaliado em R$ 450 mil, foi encontrado pela Polícia Civil na zona sul de São Paulo; o carro deverá ser leiloado
Polícia já havia localizado em Ilhabela, no mês passado, um iate avaliado em mais de R$ 1 milhão que pertenceria à quadrilha
Apu Gomes/Folha Imagem
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Porsche localizado pela polícia e que, segundo as investigações, pertence a criminoso preso |
DO "AGORA"
A Polícia Civil encontrou anteontem à noite um Porsche
Cayenne que, segundo as investigações, pertence a Emerson
Galvão de Moura, preso acusado de tráfico de drogas há 26
dias em uma operação em Embu-Guaçu (47 km de SP).
O veículo estava abandonado
em um estacionamento do
Brooklin (zona sul). O carro,
ano 2003/ 2004, cinza, é avaliado em R$ 450 mil, de acordo
com a polícia.
No dia da prisão do traficante, em 16 de junho, o suposto
chefe da quadrilha, Laerte Macedo Silva, e a mulher dele, Iara
Beatriz da Silva, morreram durante um tiroteio. Dias depois a
polícia já havia localizado, em
Ilhabela (217 km de SP), um iate avaliado em mais de R$ 1 milhão que também pertenceria à
quadrilha.
A reportagem tentou localizar ontem, sem sucesso, os advogados Galvão de Moura.
O Porsche estava em um estacionamento na rua Nova
York e foi localizado após investigações sobre o patrimônio
da quadrilha. "Há mais de 30
dias, mesmo antes da operação,
já investigávamos os bens do
grupo", disse o delegado Raul
Godoy Neto, da Dise (Divisão
de Investigações sobre Entorpecentes) em Taboão da Serra
(Grande São Paulo).
Segundo o delegado, embora
estivesse muito empoeirado, o
estado do carro era bom. No estacionamento havia uma lista
de clientes, entre eles o traficante. Como todo bem apreendido em operações da polícia, o
Porsche deverá ser leiloado.
"Assim como qualquer patrimônio dessa quadrilha, o veículo ficará à disposição da Justiça", disse o delegado Godoy Neto. Um funcionário do estabelecimento afirmou não saber a
quem o veículo pertencia. No
entanto, disse à polícia que
uma pessoa fazia o pagamento
mensal pelo serviço. Há cerca
de 30 dias essa pessoa não aparecia mais e a conta estava atrasada em R$ 55.
Além do iate, a polícia também descobriu que, entre os
bens da quadrilha, havia chácaras, casas de veraneio, imóveis
no interior do Estado, terrenos
e apartamentos de luxo, além
de lojas de shopping e uma
construtora, usados para lavar
dinheiro obtido com o tráfico
de drogas.
Segundo a polícia, o patrimônio do grupo está avaliado em
mais de R$ 30 milhões. Estima-se que o grupo repassava 500 kg
de cocaína por mês. Durante a
ação no dia 16 de junho, além de
Emerson Galvão de Moura, outros três acusados foram presos.
(JORGE DURAN)
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