|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estudo
Faltam comarcas para infância e juventude, afirma associação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"O Sistema de Justiça da Infância e da Juventude brasileiro não apenas ocupa um lugar
secundário e marginal na administração da Justiça brasileira,
como é um desconhecido no
país." A afirmação consta do relatório do levantamento feito
pela Associação Brasileira de
Magistrados, Promotores de
Justiça e Defensores Públicos
da Infância e da Juventude em
função dos 18 anos do ECA.
O estudo apontou que apenas
92 comarcas do país têm varas
especializadas em infância e
adolescência, o que contraria a
recomendação do estatuto, que
prevê a criação da estrutura.
Outra falha apontada pela associação é a falta de técnicos especializados no assunto para
assessoramento das comarcas
-também previsto no ECA.
Segundo o presidente da associação, o juiz Eduardo Rezende Melo, sem a equipe recomendada, "a decisão [judicial]
necessariamente vai ser mais
frágil e pode não ser tão adequada quanto poderia ser".
O estudo diz ainda que, no
país, um magistrado com competência exclusiva em infância
e juventude atende em média
439 mil habitantes, número alto segundo a associação.
Apesar de o Sudeste ter o
maior número de varas especializadas, é o que tem a maior
média por juiz especializado
-503 mil habitantes.
As regiões Norte e Sul, em
comparação, têm os melhores
indicadores do país, com média
populacional por juiz especializado de 279 mil e 302 mil, respectivamente.
Texto Anterior: Aos 18 anos, ECA deve ser atualizado, diz conselho Próximo Texto: Foco: Jovem infrator que entrou em faculdade afirma desconhecer estatuto Índice
|