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Para sindicato, usuário vai custear aumento
DE SÃO PAULO
A renovação compulsória
de parte da frota e a criação
de uma taxa mensal de gerenciamento pelo governo
vão provocar impacto significativo nos custos de operação das empresas e afetar diretamente a qualidade do
serviço e o bolso do usuário.
É essa a avaliação de Jorge
Miguel dos Santos, diretor-executivo do Transfretur
(sindicato das empresas do
setor). Ele afirma que vai tentar negociar com o governo
paulista o prazo da renovação e o valor da taxa.
"Não tenho dúvida de que
haverá aumento do custo de
operação das empresas e renegociação de contratos
[com os usuários]", diz o diretor do sindicato.
Ele afirma que a medida
afetará principalmente as
empresas que praticam preços "mais competitivos",
porque costumam trabalhar
com uma "margem reduzida
de lucro e forte contenção
dos custos de operação".
De acordo com ele, o curto
prazo para a renovação de
parte da frota -um quarto do
total, em sua estimativa- vai
provocar outro efeito colateral: os ônibus com 15 anos de
fabricação ou mais vão se
desvalorizar fortemente no
mercado, enquanto os de
cinco anos terão forte alta
nos preços.
"E o mercado de veículos
não tem capacidade de suprir 4.000 ônibus num período tão curto de tempo", afirma Santos.
MENOS LINHAS
Outra possível consequência para o usuário, avalia
Santos, será na qualidade do
serviço: caso a empresa não
tenha dinheiro para trocar os
ônibus velhos, vai simplesmente retirá-lo de circulação
e diminuir o número de horários e linhas disponíveis paras os clientes.
Já com relação à nova taxa
que está sendo implantada
pelo governo de São Paulo, o
diretor-executivo do sindicato afirma que ela vai acabar
triplicando os gastos das empresas com a burocracia legal e que isso acabará sendo
pago pelos usuários dos ônibus fretados.
(JBS)
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