São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2011

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PF investiga 20 americanos suspeitos de turismo sexual

Lista de nomes estava em computador de acusado

KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

A Polícia Federal no Amazonas vai investigar mais 20 americanos suspeitos de participar de esquema de turismo sexual com menores de idade indígenas na Amazônia, sob pretexto de pesca esportiva. Um americano e cinco brasileiros já foram denunciados pela suspeita.
Na investigação, a PF obteve uma lista com outros supostos clientes americanos de agências de turismo. Ela estava no computador do americano Richard Schair, agente da Wet-A-Line Tours, alvo de processo nos EUA por suspeita de exploração do turismo sexual no Brasil.
A agência também está sendo processada no Brasil, assim como a Santana Turismo Ecológico-Fishing Safaris, parceira que organizava passeios em Manaus.
Segundo a PF, os pacotes para pesca, que supostamente incluíam turismo sexual, custavam de US$ 4.000 a US$ 5.000 (de R$ 6.300 a R$ 7.900). A PF disse que ao menos 15 meninas foram vítimas de estupro e aliciamento.
Schair e cinco brasileiros -José Lauro Rocha da Silva, dono da agência brasileira, Daniel Geraldo Lopes, Juscelino de Souza Motta e os irmãos Admilson e Adilson Garcia da Silva- são réus em ação penal.
São suspeitos de dez crimes, como submeter garotas à exploração sexual. Não há previsão para o julgamento. Schair é o único acusado de crime de manter relação sexual com menor de 14 anos.
À polícia os acusados negaram envolvimento nos crimes. A Folha não localizou o advogado Aniello Aufiero, que defende Schair.
Simonetti Neto, que defende os brasileiros, negou envolvimento deles. "Lauro Rocha era tão somente o proprietário das embarcações. Os outros são funcionários dele. Não têm responsabilidade por ilícitos que aconteceram nessas embarcações."

FISCALIZAÇÃO
A ministra Iriny Lopes (Mulheres) anunciou ontem que vai propor cooperação entre União e Estados da Amazônia Legal pelo fim da exploração sexual. O objetivo é ampliar a fiscalização das empresas de turismo.
A proposta foi fechada em reunião com PF, Ministério Público Federal e Secretaria dos Direitos Humanos.

Colaborou a Sucursal de Brasília


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