São Paulo, sábado, 12 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para evitar acusação por participação em atentados, 53 decidem adiar saída

CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Beneficiados com o direito a saída temporária, 53 presos do Centro de Ressocialização de Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo) se recusaram a deixar a unidade ontem. De acordo com a direção, a decisão foi tomada em "comum acordo" entre os próprios reeducandos, como são chamados.
"Eles optaram por adiar a saída para evitar qualquer ligação com facções ou ações que supostamente devam ocorrer, como a imprensa vem propagando. É uma forma de evitar ser acusado de um atentado ou qualquer coisa do tipo", disse o presidente da Associação de Assistência aos Encarcerados e Egressos, Eduardo Tannus, que administra a unidade em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária.
Com autorização da Vara de Execuções Criminais local, todos optaram pela saída no próximo dia 17, uma semana depois da maioria dos detentos.
O centro em Presidente Prudente é considerado uma unidade diferenciada, formada por detentos de ""bom comportamento". "São pessoas que erraram, cometeram crimes, mas não participam de nenhuma facção e querem se recuperar e viver em sociedade", disse Tannus. Entre os presos, estão condenados por pequenos furtos, roubos, acidentes de trânsito e até homicídios.
Criado em fevereiro de 2002, pode abrigar 210 presos. Segundo a direção, atualmente 160 cumprem pena nos regimes semi-aberto, fechado e provisório.


Texto Anterior: Beneficiados com saída voltam à prisão após detenção em flagrante
Próximo Texto: Liberados, 20 detentos pegam avião
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.