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Para evitar acusação por participação em atentados, 53 decidem adiar saída
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE
Beneficiados com o direito a
saída temporária, 53 presos do
Centro de Ressocialização de
Presidente Prudente (565 km a
oeste de São Paulo) se recusaram a deixar a unidade ontem.
De acordo com a direção, a decisão foi tomada em "comum
acordo" entre os próprios reeducandos, como são chamados.
"Eles optaram por adiar a saída para evitar qualquer ligação
com facções ou ações que supostamente devam ocorrer, como a imprensa vem propagando. É uma forma de evitar ser
acusado de um atentado ou
qualquer coisa do tipo", disse o
presidente da Associação de
Assistência aos Encarcerados e
Egressos, Eduardo Tannus, que
administra a unidade em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária.
Com autorização da Vara de
Execuções Criminais local, todos optaram pela saída no próximo dia 17, uma semana depois da maioria dos detentos.
O centro em Presidente Prudente é considerado uma unidade diferenciada, formada por
detentos de ""bom comportamento". "São pessoas que erraram, cometeram crimes, mas
não participam de nenhuma
facção e querem se recuperar e
viver em sociedade", disse Tannus. Entre os presos, estão condenados por pequenos furtos,
roubos, acidentes de trânsito e
até homicídios.
Criado em fevereiro de 2002,
pode abrigar 210 presos. Segundo a direção, atualmente
160 cumprem pena nos regimes semi-aberto, fechado e
provisório.
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