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Em SP, fiscais
agora vão
atuar à paisana
PABLO SOLANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de constatar nos
primeiros dias de blitze
que os uniformes e os carros de frota da lei antifumo
alertavam os clientes e donos de bares, restaurantes
e boates sobre a fiscalização, os agentes da Vigilância Sanitária podem agora
atuar à paisana. Segundo o
governo, o objetivo é não
chamar a atenção.
A decisão de usar ou não
o colete de identificação
será dos supervisores de
fiscalização, que vão avaliar se na região em que
vão atuar há risco de o uniforme alertar infratores.
Nos primeiros três dias
de vigência da lei, as inspeções foram feitas por duplas de fiscais com colete
que trazia o logotipo da lei
antifumo, o mapa do Estado de São Paulo estilizado
com a proibição ao cigarro.
Com a mudança, os fiscais
têm de se identificar com
crachás funcionais.
A fiscalização à paisana
vale apenas para bares,
restaurantes e grandes casas noturnas. Em outros
lugares passíveis de fiscalização, como condomínios e empresas, os agentes usarão o uniforme.
"A Vigilância Sanitária
não anda necessariamente
uniformizada. O documento de autoridade sanitária é o único identificador dos fiscais", diz Maria
Cristina Megid, diretora
da Vigilância Sanitária.
A nova estratégia foi criticada pela Abrasel, a associação do setor, que entrou
com ação no Supremo Tribunal Federal contra a lei.
"O fiscal à paisana é o
equivalente ao guarda de
trânsito que espera atrás
do poste alguém cometer
alguma infração", diz o diretor jurídico da entidade,
Percival Maricato.
A fiscalização é realizada até a meia-noite nos
bairros predominantemente residenciais. Nas
ruas com vida noturna, as
vistorias vão até mais tarde. Até anteontem, foram
aplicadas 50 multas.
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