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JORGE NASSAR PALMEIRA (1957 - 2010)
Procurava a engenharia de tudo
FELIPE CARUSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para entender como funcionavam, Jorge Nassar Palmeira desmontava os brinquedos da irmã, Nadgela,
quando eram crianças. Nem
sempre, no entanto, conseguia montá-los novamente.
Curioso com a chegada do
homem à Lua, em 69, fundou
um clube de ciências com
amigos, em Belém, para
construir foguetes. Não voavam tão alto como os da TV,
mas decolavam e pousavam
segundo seus cálculos.
Ao deixar Belém e ir para
Brasília para assumir a Diretoria de Produção e Comercialização da Eletronorte, em
1995, procurou entender o
funcionamento da empresa.
Logo implementou um
programa que reduziu custos, diminuiu perdas de material e aumentou o lucro e a
motivação dos funcionários.
A metodologia usada ganhou prêmios internacionais
e o seu sucesso o conduziu ao
cargo de diretor-presidente
da Eletronorte em 2008.
Descendente de libaneses,
nasceu em Belém e, aos 16, já
cursava engenharia eletrônica na Universidade Federal
do Pará.
Em 1981, entrou na Eletronorte para testar equipamentos da hidrelétrica de Tucuruí
(PA). No mesmo ano, casou-se com Shirley, com quem teve dois filhos.
Gostava de filmes de velho
oeste americano e de ouvir os
filhos tocarem violão. Nas
festas de família, também tocava com eles, principalmente a música "Tears in Heaven", de Eric Clapton.
Morreu anteontem, aos 53,
em Brasília, em decorrência
de um câncer. Deixa a mulher e dois filhos. A missa de
sétimo dia será na próxima
segunda-feira. O local ainda
não foi confirmado.
coluna.obituario@uol.com.br
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