São Paulo, segunda-feira, 12 de setembro de 2005

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Distribuidora nega fazer acordos

DA REPORTAGEM LOCAL

A proprietária da distribuidora de medicamentos Plena, Cintia Antunes, disse desconhecer a existência de acordo entre médicos e laboratórios e nega que a distribuidora adote uma tabela diferenciada de preços de acordo com o prescritor.
Antunes explica que cada laboratório oferece um desconto padrão e, dentro dessa margem, a empresa estabelece os seus preços, de acordo com as condições de pagamento, o volume da compra ou a concorrência.
Questionada sobre o motivo de os atendentes indagarem o nome do médico prescritor, Antunes disse que é procedimento da empresa visitar os médicos e pedir para que eles indiquem o local aos pacientes.
"O nosso estabelecimento vive das chamadas telefônicas. Não anunciamos na mídia. Nosso trabalho é muito ético. É importante para nós saber quem está nos indicando. Porque, numa próxima visita, nosso representante pode agradecer o médico", afirmou Antunes.
Agradecer como? O médico recebe algo em troca?
"Não. Não porque o trabalho do médico é outro. Ele ganha referente ao trabalho dele na medicina. Nessa área, é importante a indicação senão o paciente não vai achar o produto", justificou.
Menos de dez minutos depois de encerrada a entrevista, Antunes voltou a ligar para a Folha para explicar que havia conversado com os seus atendentes e descoberto o que tinha ocorrido em relação aos os preços diferenciados.
"Eles perceberam que não era cliente, que era pesquisa de preço e pensaram que fossem os nossos concorrentes. Então, resolveram dar qualquer preço", disse.
(CC)

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