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Distribuidora nega fazer acordos
DA REPORTAGEM LOCAL
A proprietária da distribuidora
de medicamentos Plena, Cintia
Antunes, disse desconhecer a
existência de acordo entre médicos e laboratórios e nega que a
distribuidora adote uma tabela
diferenciada de preços de acordo
com o prescritor.
Antunes explica que cada laboratório oferece um desconto padrão e, dentro dessa margem, a
empresa estabelece os seus preços, de acordo com as condições
de pagamento, o volume da compra ou a concorrência.
Questionada sobre o motivo de
os atendentes indagarem o nome
do médico prescritor, Antunes
disse que é procedimento da empresa visitar os médicos e pedir
para que eles indiquem o local aos
pacientes.
"O nosso estabelecimento vive
das chamadas telefônicas. Não
anunciamos na mídia. Nosso trabalho é muito ético. É importante
para nós saber quem está nos indicando. Porque, numa próxima
visita, nosso representante pode
agradecer o médico", afirmou
Antunes.
Agradecer como? O médico recebe algo em troca?
"Não. Não porque o trabalho do
médico é outro. Ele ganha referente ao trabalho dele na medicina. Nessa área, é importante a indicação senão o paciente não vai
achar o produto", justificou.
Menos de dez minutos depois
de encerrada a entrevista, Antunes voltou a ligar para a Folha para explicar que havia conversado
com os seus atendentes e descoberto o que tinha ocorrido em relação aos os preços diferenciados.
"Eles perceberam que não era
cliente, que era pesquisa de preço
e pensaram que fossem os nossos
concorrentes. Então, resolveram
dar qualquer preço", disse.
(CC)
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