São Paulo, quarta-feira, 12 de setembro de 2007

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Nível de água nos reservatórios de SP preocupa, diz Sabesp

Situação foi provocada pela ausência de chuvas, segundo a empresa; racionamento, porém, ocorrerá só em último caso

Consumo de água está alto, comparável ao do período de alto verão; umidade do ar voltou a ficar baixa ontem em todas as regiões da cidade

AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de chuvas deixou os reservatórios de São Paulo em situação "preocupante", segundo a Sabesp. Para agravar o cenário, o consumo de água pela população está muito elevado -comparável ao alto verão.
De acordo com o gerente de comunicação da Sabesp, Sérgio Lapastina, o ideal seria que os reservatórios estivessem com pelo menos 10% a mais de sua capacidade hoje. O sistema Cantareira, por exemplo, está com 39,2% da capacidade, e o Guarapiranga, com 47,4%.
Não há, entretanto, previsão de racionamento. "Precisamos da cooperação da população para que não desperdice água. No verão, temos consumo de 64 e 65 mil litros por segundo e, nos últimos dias, temos tido consumo de até 68 mil litros por segundo", afirmou.
A Sabesp avalia que a falta de chuvas no mês de agosto, principalmente, foi responsável pelo atual baixo nível dos reservatórios e que, se em outubro as chuvas mantiverem a média histórica, haverá recuperação.
"Um racionamento ou rodízio será feito só em último caso, como medida extrema para preservar os reservatórios."
Ele lembra que em 2003, em vez de optar por racionamento, a empresa deu um bônus a quem economizou água. "Quem reduzia 20% do consumo ganhava mais 20% no valor da conta", afirma.
Segundo o meteorologista Marcelo Schneider, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), na próxima semana aumentará a umidade do ar no Estado. Porém, chuvas mais generalizadas (não só chuviscos) devem ocorrer apenas a partir do meio da próxima semana.

Umidade do ar
A umidade do ar ficou abaixo dos 30% em todas as regiões da cidade de São Paulo medidas ontem pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). O local mais seco foi Ermelino Matarazzo, na zona leste da cidade, com umidade do ar mínima de 12%.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera umidade do ar abaixo dos 30% estado de atenção e umidade entre 12% e 20% estado de alerta. Nesses casos, orienta a suspensão de atividades físicas ao ar livre entre as 10h e as 16h.
As secretarias municipal e estadual da Educação têm orientado os professores a evitar desgaste dos alunos.


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