São Paulo, sábado, 12 de setembro de 2009

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VILSON MENDES (1943-2009)

Um incentivador da cultura catarinense

TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O passarinho curió, há 20 anos na família Mendes, não piou mais desde que Vilson morreu, há uma semana, de infarto. Pirata, o cachorro dele, também não tem saído muito da casinha. "Estão tristes", diz Neuci, casada com Vilson há 37 anos.
Amante dos animais, todos os dias ele jogava no quintal ração para aves e esperava que os passarinhos da vizinhança fossem comer.
Esse era um dos dois hobbies que Vilson levava a sério. O outro era a leitura.
Quando se aposentou do trabalho de auditor no Tribunal de Contas do Estado de SC, aos 45, montou uma locadora de livros com amigos também aposentados.
Com o tempo, ela foi transformada na editora Papa-Livro, onde ele buscava publicar de preferência textos relacionados a Florianópolis, sua cidade natal.
Publicou duas obras como organizador, passou a promover debates entre escritores e criou feiras de livros.
Em alguns anos ficou conhecido como um importante incentivador da cultura na ilha.
Por isso, ganhou na década de 1990 o troféu "Manezinho da Ilha", que premia personalidades da cidade.
Atualmente era o presidente da Academia Desterrense de Letras (Desterro era o nome antigo da ilha).
Morto aos 66 anos no último domingo, deixou quatro filhos e seis netos.
A missa de sétimo dia será hoje, às 19h30, na Paróquia da Santíssima Trindade, em Florianópolis.

coluna.obituario@uol.com.br


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