SÍLVIA CORRÊA
DA REPORTAGEM LOCAL

O PT atingiu seus melhores índices de votação para o governo de São Paulo exatamente nas regiões da capital paulista atendidas pelos três principais programas sociais da prefeitura da cidade, comandada pelo mesmo PT.
Para o partido, "os índices refletem a aprovação da população às políticas de desenvolvimento social adotadas por Marta Suplicy".
Para os adversários, o resultado é "fruto da manipulação eleitoreira da capilaridade da máquina pública na periferia da cidade".
Interpretações à parte, é fato que, segundo a votação na capital, o candidato do PT ao governo, José Genoino, foi para o segundo turno pelo voto dos que vivem nos locais atendidos pelos programas sociais Renda Mínima, Bolsa Trabalho e Começar de Novo.
O petista teve 29,95% dos votos válidos apurados nas 41 zonas eleitorais do município. Em 17 delas o índice ficou acima disso. A área ocupada por essas 17 zonas corresponde às regiões delimitadas por 40 dos 50 distritos atendidos pelos programas sociais.
Essas áreas são, na prática, bolsões de carência. Nelas, por intermédio das ações de redistribuição de renda, o governo injetou R$ 279 milhões desde 2001. Há regiões em que 2 de cada 10 moradores pertencem a famílias que recebem recursos da prefeitura.


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