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IPTU 2007 deve subir acima da inflação
Proposta do prefeito Kassab, a ser votada pela Câmara, prevê aumento no centro expandido da cidade de São Paulo
Orçamento prevê correção de 3,7% do imposto, mas região central terá reajuste ainda maior; aumento não atinge periferia da cidade
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O IPTU (Imposto Predial e
Territorial Urbano) poderá ter
aumento acima da inflação em
São Paulo no ano que vem. O
reajuste, proposto pelo prefeito
Gilberto Kassab (PFL), será para os imóveis que ficam na região do chamado centro expandido -mesma área usada para
definir a extensão do rodízio de
veículos- e atinge ainda partes
das zonas norte e leste.
As mudanças estão previstas
em trechos de um projeto de lei
encaminhado pelo prefeito à
Câmara Municipal e que prevê
uma nova política de parcelamento para contribuintes inadimplentes com os impostos
municipais. O projeto ainda
precisa ser aprovado pelo plenário. Antes, será discutido em
audiências públicas.
O Orçamento do município
para 2007 já prevê uma correção aproximada do IPTU de
3,7% -o índice correto só será
definido em dezembro-, referente à inflação do período.
Mas os imóveis que fazem parte do chamado "centro expandido fiscal" (região central e
parte das zonas norte e leste),
segundo o projeto, terão, além
disso, um acréscimo de 4% a
6% sobre o valor corrigido.
Isso porque o projeto de Kassab cria um "fator de localização", que dá peso diferente ao
valor da construção nas três
áreas em que a cidade foi subdividida (veja quadro nesta página). Na zona fiscal 1 (a do centro expandido), para a prefeitura, uma construção custa, em
média, 10% a mais. Por isso, pagará mais imposto.
Na zona fiscal 2, haverá apenas aumento da inflação, já que,
segundo a prefeitura, o custo da
construção representa a média
da cidade. Já na zona fiscal 3,
onde, segundo a prefeitura, a
construção de imóveis é mais
barata que a média, o contribuinte deverá pagar praticamente o mesmo valor de 2006,
uma vez que o "fator de localização" acabará abatendo a correção inflacionária.
"Se eu pegar um apartamento de 100m2 construído, por
exemplo, em Pinheiros ou no
Morumbi, ele tem um valor de
metro quadrado "x". Se eu pudesse colocar esse apartamento em cima da minha cabeça e
levar ele lá para o final da zona
leste, lá ele teria um valor menor, porque a mão-de-obra é
mais barata. Então, com os
mesmos materiais, lá ficaria
mais barato aquele mesmo
apartamento", explicou o secretário-adjunto das Finanças,
George Tormin.
O impacto dessas medidas,
incluindo o parcelamento das
dívidas do ISS e ITBI, devem
gerar R$ 162,2 milhões a mais
para a prefeitura em 2007.
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