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Policiais do ABC são suspeitos de realizar seqüestro
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A Corregedoria-geral da Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para investigar no Ceará o suposto envolvimento de
policiais paulistas na extorsão
mediante seqüestro e cárcere
privado de Raimundo Laurindo
Barbosa Neto, preso por participar do furto dos R$ 164,8 milhões do Banco Central de Fortaleza em agosto de 2005.
A Polícia Federal em Brasília,
que iniciou a apuração sobre a
participação de membros da
polícia paulista no seqüestro do
ladrão do Banco Central, não
informou à Corregedoria quem
são os policiais suspeitos. Por
isso, o órgão pediu à Justiça Federal do Ceará para ouvir Neto.
Além dele, a Corregedoria
quer colher o depoimento do
seu advogado, Edson Campos
Luziano. Na investigação da
PF, policiais civis do ABC cobraram R$ 450 mil de Neto para não prendê-lo em São Bernardo, no dia 20 de abril. O escritório do advogado teria sido
usado como cativeiro.
Tanto Neto quanto Luziano
foram presos depois por outros
policiais. O pedido de prisão
contra eles havia sido expedido
pelo juiz Danilo Fontenelle
Sampaio, da 11ª Vara Federal,
em Fortaleza. Até ontem o juiz,
que está de férias e volta a trabalhar amanhã, não havia apreciado a solicitação da Corregedoria para ouvir os acusados.
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