São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2008

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Crianças doam livros e participam de programas de voluntariado

Biblioteca com 800 volumes doada à Unifesp por alunos de colégio é exemplo

BRUNA SANIELE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Nunca vi criança gostar tanto de livro", conta rindo Anna Cláudia Pereira Horta, 7, ao ver a felicidade dos novos amigos do Cren (Centro de Recuperação e Educação Nutricional), da Unifesp, ao receber a biblioteca com cerca de 800 volumes organizada pelos voluntários mirins do colégio Móbile e entregue na última quinta-feira.
O projeto "Cultura de Mão em Mão" incentiva os estudantes do colégio a construir e doar bibliotecas a instituições necessitadas. Enquanto as crianças da quarta série confeccionam caixas para os livros e catalogam a biblioteca, as da segunda série ficam responsáveis pela arrecadação das obras.
"As crianças aprendem a ter responsabilidade desde cedo. Além disso, fazem novos amigos", diz Silvana Vasconcelos, pedagoga do Cren -um instituto que cuida de crianças com déficit alimentar.
Para Kátia Zeli, mãe de Maria Zeli, 7, projetos de solidariedade estimulam bons valores. "Minha filha estava entusiasmada, queria doar os livros. É importante fazer as crianças pensarem no próximo", diz.
Diretora do Centro de Voluntariado de SP, Maria Lúcia Reis diz que é essencial que crianças saibam o que é ser voluntário.
Os programas feitos nas escolas, como o voluntariado educativo, aliam o conteúdo discutido em sala de aula com as atividades solidárias. "A escola não é só para informar, é para formar. É uma sementinha de solidariedade que ajuda a formar adultos conscientes."
Segundo Maria Lúcia, jovens com menos de 16 anos devem atuar em grupos formados em escolas, igrejas ou outras organizações. Cabe aos pais, além de estimular, participar.
O Núcleo Bandeirante Bororo também conta com pequenos voluntários. A campanha que recolheu itens para o Programa Comunitário de Reconciliação reuniu 64 crianças de cinco a 12 anos. Foram arrecadados R$ 800 e cerca de 2.000 peças de roupa.
"As pessoas que moram na rua e no orfanato estão precisando. Quando a gente pode, deve doar. É muito legal ajudar", diz Izabela Benedito, 8.


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