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Crianças doam livros e participam de programas de voluntariado
Biblioteca com 800 volumes doada à Unifesp por alunos de colégio é exemplo
BRUNA SANIELE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Nunca vi criança gostar tanto de livro", conta rindo Anna
Cláudia Pereira Horta, 7, ao ver
a felicidade dos novos amigos
do Cren (Centro de Recuperação e Educação Nutricional), da
Unifesp, ao receber a biblioteca
com cerca de 800 volumes organizada pelos voluntários mirins do colégio Móbile e entregue na última quinta-feira.
O projeto "Cultura de Mão
em Mão" incentiva os estudantes do colégio a construir e doar
bibliotecas a instituições necessitadas. Enquanto as crianças da quarta série confeccionam caixas para os livros e catalogam a biblioteca, as da segunda série ficam responsáveis pela arrecadação das obras.
"As crianças aprendem a ter
responsabilidade desde cedo.
Além disso, fazem novos amigos", diz Silvana Vasconcelos,
pedagoga do Cren -um instituto que cuida de crianças com
déficit alimentar.
Para Kátia Zeli, mãe de Maria
Zeli, 7, projetos de solidariedade estimulam bons valores.
"Minha filha estava entusiasmada, queria doar os livros. É
importante fazer as crianças
pensarem no próximo", diz.
Diretora do Centro de Voluntariado de SP, Maria Lúcia Reis
diz que é essencial que crianças
saibam o que é ser voluntário.
Os programas feitos nas escolas, como o voluntariado
educativo, aliam o conteúdo
discutido em sala de aula com
as atividades solidárias. "A escola não é só para informar, é
para formar. É uma sementinha de solidariedade que ajuda
a formar adultos conscientes."
Segundo Maria Lúcia, jovens
com menos de 16 anos devem
atuar em grupos formados em
escolas, igrejas ou outras organizações. Cabe aos pais, além
de estimular, participar.
O Núcleo Bandeirante Bororo também conta com pequenos voluntários. A campanha
que recolheu itens para o Programa Comunitário de Reconciliação reuniu 64 crianças de
cinco a 12 anos. Foram arrecadados R$ 800 e cerca de 2.000
peças de roupa.
"As pessoas que moram na
rua e no orfanato estão precisando. Quando a gente pode,
deve doar. É muito legal ajudar", diz Izabela Benedito, 8.
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