São Paulo, quarta-feira, 12 de outubro de 2011

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Meira tem perfil problemático desde a infância, diz laudo

DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

O laudo de sanidade mental obtido pela Folha traça o perfil de um Mateus da Costa Meira perturbado. Os peritos concluem que ele é portador de Transtorno Delirante Persistente, além de ter tido episódios de esquizofrenia paranóide ao longo da vida.
Meira relata que sofria bullying desde a 7ª série. Era chamado de "porqueta", por ser gordinho. Arrolado como testemunha de defesa, o psiquiatra Hamilton José Costa Meira, tio dele, atesta que desde os 14 ou 15 anos o sobrinho tinha distúrbios psicóticos.
Aos 18, ele expulsou os pais de casa. Agrediu o pai, o oftalmologista Deolino Vanderlei Meira, que quebrou três costelas. Depois, ele se mudou para SP e passou no vestibular. Aos 22, bebia todos os dias. Em seguida, veio o uso excessivo de cocaína. Meira diz nunca ter tido uma namorada. "Aos 27 anos, a primeira relação sexual foi numa visita íntima no presídio", conta. "Ela era 17 anos mais velha que eu."
Sobre o atentado no shopping diz: "Sei que entrei no cinema e disparei 22 tiros, foram três mortos e quatro feridos. Eu não tinha juízo crítico. Pensei: não passei vergonha, consegui matar pelo menos três."


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