São Paulo, quinta-feira, 12 de novembro de 2009

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TCU recomendou medidas para evitar um apagão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em julho, o TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou à Casa Civil medidas para evitar um novo apagão no país.
O acórdão, aprovado pelo plenário do tribunal, determinou ao órgão que verificasse se a estrutura do Ministério das Minas Energia, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da EPE (Empresa Brasileira de Energia) estava adequada e, caso contrário, que promovesse o fortalecimento desses órgãos de forma "a mitigar os riscos futuros de uma crise energética".
A Folha procurou a Casa Civil para saber o que foi feito, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
No entendimento do TCU, o não fortalecimento desses três órgãos levaria "ao risco de haver no futuro graves prejuízos à nação, como o ocorrido no apagão elétrico de 2001".
O TCU atuou provocado pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), na época em que ela respondia pelo Ministério das Minas e Energia. Na ocasião, Dilma pediu ao TCU uma auditoria para levantar os prejuízos causados ao país pelo apagão de 2001. Chegou-se a um valor de R$ 45 bilhões, "quantia suficiente para a construção de 6 usinas como a de Jirau".
O Ministério das Minas e Energia é hoje controlado pelo grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que assumiu a pasta após a transferência de Dilma.
Ainda no acórdão do TCU, os ministros concluem que "o país continua tendo pouca margem de segurança, podendo haver desequilíbrios entre a oferta e a demanda de energia" e recomenda investimentos.
O diretor da Aoesp (Associação dos Operadores do Estado de São Paulo), Washington Maradona, alertou ontem para o risco de novos apagões durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. "O que ocorreu só reafirmou que o país não está preparado para esses grandes eventos."
(ANDREZA MATAIS E MARIA CLARA CABRAL)


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