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TCU recomendou medidas para evitar um apagão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em julho, o TCU (Tribunal
de Contas da União) recomendou à Casa Civil medidas para
evitar um novo apagão no país.
O acórdão, aprovado pelo
plenário do tribunal, determinou ao órgão que verificasse se
a estrutura do Ministério das
Minas Energia, da Aneel
(Agência Nacional de Energia
Elétrica) e da EPE (Empresa
Brasileira de Energia) estava
adequada e, caso contrário, que
promovesse o fortalecimento
desses órgãos de forma "a mitigar os riscos futuros de uma crise energética".
A Folha procurou a Casa Civil para saber o que foi feito,
mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
No entendimento do TCU, o
não fortalecimento desses três
órgãos levaria "ao risco de haver no futuro graves prejuízos à
nação, como o ocorrido no apagão elétrico de 2001".
O TCU atuou provocado pela
ministra Dilma Rousseff (Casa
Civil), na época em que ela respondia pelo Ministério das Minas e Energia. Na ocasião, Dilma pediu ao TCU uma auditoria para levantar os prejuízos
causados ao país pelo apagão
de 2001. Chegou-se a um valor
de R$ 45 bilhões, "quantia suficiente para a construção de 6
usinas como a de Jirau".
O Ministério das Minas e
Energia é hoje controlado pelo
grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),
que assumiu a pasta após a
transferência de Dilma.
Ainda no acórdão do TCU, os
ministros concluem que "o país
continua tendo pouca margem
de segurança, podendo haver
desequilíbrios entre a oferta e a
demanda de energia" e recomenda investimentos.
O diretor da Aoesp (Associação dos Operadores do Estado
de São Paulo), Washington
Maradona, alertou ontem para
o risco de novos apagões durante a Copa do Mundo de
2014 e as Olimpíadas de 2016.
"O que ocorreu só reafirmou
que o país não está preparado
para esses grandes eventos."
(ANDREZA MATAIS E MARIA CLARA CABRAL)
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