São Paulo, domingo, 12 de dezembro de 2010

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Córrego corre a céu aberto, mas não enche

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na praça das Corujas, no Alto de Pinheiros (região oeste), o córrego passa a céu aberto e não enche quando chove. É limpo, não fede e é cercado por gramados com sistemas naturais de contenção de enxurradas.
Os moradores não só gostam do córrego aberto como querem que ele continue ali, compondo a paisagem da avenida das Corujas.
É um exemplo do novo modelo de retenção das águas para minorar as enchentes, que o arquiteto Paulo Pellegrino, da USP, um dos autores do projeto, defende.
"A cidade vive em processo de reconstrução constante e os projetos que interferem em seu perfil podem começar a usar esse modelo" -que inclui canteiros, valetas, depressões, tijolos que absorvem água, pistas de areia.
Madalena Buzzo, 49, que mora naquela rua, diz que a praça e o córrego são uma riqueza do bairro, "solicitada, desejada e cuidada pelos moradores". Ela diz que há maior convivência entre os vizinhos, que criaram o hábito de se encontrar, no alto da praça, todos os fins de tarde.
Seu vizinho Miklos Hromada, 60, diz que havia enchentes na parte mais baixa do córrego e, depois da reforma no córrego, elas pararam.
O lado ruim são os bichos -mosquitos, que já causaram cinco casos de dengue- e até ratos. "Mas se estivesse fechado, o rato ia criar um ninho lá embaixo do bueiro e ninguém ia ver", diz. (CMC)


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