DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro dia útil depois da interdição de um trecho da avenida Cidade Jardim no cruzamento com a Faria Lima, as vias da região tiveram lentidão considerada "normal" pela CET.
O superintendente de operações da companhia, Eduardo Macabelli, disse que houve filas pela manhã no sentido bairro-centro, oposto ao dos bloqueios (que são no sentido centro-bairro), em razão da curiosidade de motoristas que diminuem a velocidade para observar a obra.
A cidade chegou a registrar ontem de manhã um pico de 67 km de congestionamento, contra a média de 24 km às segundas-feiras de janeiro. À tarde, a maior marca foi registrada às 19h30: 96 km, contra os habituais 55 km.
Essas marcas, entretanto, foram atribuídas a outros problemas, como acidentes na região da avenida Juscelino Kubitschek e nas marginais, além da chuva.
Os impactos da obra da Cidade Jardim foram percebidos de forma distinta por usuários.
Para a diretora escolar Elza Leite, 51, e a vendedora Ivone Camargo, 58, as mudanças foram "horríveis". A primeira mora na zona leste e chegou a se perder nos desvios. "Aqui não está bem sinalizado", afirmou.
Já Camargo vendia doces há quatro anos ao lado de um ponto de ônibus na Cidade Jardim. Como, devido à obra, 32 linhas de ônibus foram modificadas e três pontos da avenida foram desativados, ela se "mudou" para um dos dois pontos criados na rua Professor Artur Ramos. "Estou vendo muita gente perdida. Ficou ruim", disse.
Para o vendedor Sérgio Malvis, 38, a situação do trânsito estava igual à dos outros dias. "Por enquanto, está tudo normal. A obra está bem sinalizada. Mas na volta das férias vai virar um caos."


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