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Microônibus some na hora do acidente
Testemunhas dizem que veículo, que levava pelo menos 2 passageiros, além do motorista e do cobrador, foi engolido pelo buraco
Para o Corpo de Bombeiros, havia "fortes indícios" de
o veículo estar sob os escombros; governo não confirma a informação
DA REPORTAGEM LOCAL
Um microônibus da empresa
Transcooper, com ponto de
embarque de passageiros na
rua onde fica a obra do Metrô,
desapareceu ontem no horário
do desabamento. A suspeita é
que o veículo tenha sido soterrado pelos escombros, levando
o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 43, o cobrador Wesley
(não havia o nome completo) e
pelo menos dois passageiros.
A Secretaria de Transporte e
o Metrô não consideravam a
possibilidade de o veículo estar
soterrado, apesar de testemunhas afirmarem o contrário. "O
Metrô nega, mas o carro não teria como sumir. Não conseguimos falar com o Reinaldo no
Nextel e vimos o carro desaparecer", afirmou o cobrador
Wellington Oliveira dos Santos, 23, que depôs ontem.
"O ônibus não chegou a andar 60 metros quando desapareceu no meio da poeira", disse
o motorista Daniel Alves dos
Santos, que também depôs.
Wellington e Daniel estavam
em outro microônibus, parados
no ponto. Por volta das 16h, o
dono do microônibus recebeu
um pedido de socorro de Reinaldo pelo Nextel.
A segurança Fernanda Garcia Araújo, 25, a terceira testemunha, disse que chegava em
casa no horário do acidente e
viu o microônibus cair no buraco criado por uma caçamba que
despencou do guindaste.
Roberto Malta, 24, funcionário de um estacionamento,
também disse ter testemunhado a queda do microônibus.
O pai de Reinaldo, José David
Leite, 79, foi à polícia ontem à
noite relatar o sumiço do filho,
que é casado e tem três filhos,
de 21, 16 e 9 anos.
Para o Corpo de Bombeiros,
havia "fortes indícios" de o veículo ter sido soterrado, já que o
sistema de localização antifurto (via satélite) apontou como
último paradeiro do veículo a
região do metrô Pinheiros. O
sistema teria parado de funcionar no horário do acidente.
Parentes de Reinaldo informaram que, no início da madrugada de hoje, os bombeiros
continuavam as buscas num local onde era possível ouvir um
som -de buzina ou de alarme.
O coronel Izau Segalla, comandante da PM na região oeste, também negou a possibilidade de o veículo estar entre os
escombros e chegou a dizer que
o motorista e o cobrador estariam "tomando um lanchinho",
já que não atendiam o rádio.
O prefeito Gilberto Kassab
(PFL) manteve a versão de que
não havia a suspeita de o veículo estar no buraco.
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