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MEC empossa reitor acusado de improbidade administrativa no RS
Nomeação para federal de Pelotas respeita autonomia universitária, diz ministério
DA SUCURSAL DO RIO
O MEC (Ministério da Educação) empossou o reitor da
Universidade Federal de Pelotas (RS), Antônio Cesar Borges,
alvo de ações do Ministério Público Federal sob a acusação de
improbidade administrativa.
Uma das ações contesta a compra de espaço em jornais locais
para anúncios de agradecimentos ao MEC por verbas e encartes comemorativos do aniversário da gestão do reitor com
fotos e alusões a melhorias.
Até a publicação de uma saudação ao árbitro Leonardo Gaciba, ex-aluno da universidade
e escolhido pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) como o melhor do campeonato
brasileiro de 2005, foi feita com
verba pública.
Borges era o primeiro nome
da lista tríplice enviada pelo
conselho universitário ao
MEC. Entidades ligadas a professores, funcionários e estudantes chegaram a apresentar
um dossiê ao MEC.
Ele responde a outras ações:
sob a acusação de ter feito sem
licitação convênio com empresa para produzir pêssegos no
campus; e sob a acusação de ter
feito convênio com a Santa Casa para oferta de hemodiálise
no hospital-escola da universidade que beneficiou uma clínica ligada ao ex-pró-reitor Alípio Coelho. Essas três ações
não foram julgadas.
Mas já há uma liminar proibindo a contratação, por fundação de apoio da universidade,
de parentes até terceiro grau de
qualquer servidor ou docente.
Isso ocorreu após a Fundação
Simon Bolívar contratar, sem
concurso, familiares de diretores de unidades da instituição.
A secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula
Bucci, afirmou que a nomeação
foi uma decisão de respeito à
autonomia universitária. Segundo ela, as denúncias foram
analisadas, mas a análise foi
que, por ainda serem ações sem
julgamento, não haveria motivo para recusar o nome.
O reitor Borges afirmou que
já procurou o Ministério Público Federal e tomou providências para não dar continuidade
a atos que o órgão entendeu serem ilegais.
Segundo ele, a compra de
anúncios é prática comum e
não tem como objetivo a promoção pessoal, mas o incentivo
ou a prestação de contas. Os
convênios, diz, não tinham como meta beneficiar empresas.
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