São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2000


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Classes de aceleração usam o método

da Sucursal de Brasília

Além de suprir a falta de professores no ensino médio, as aulas via TV estão sendo adotadas também nos programas de aceleração de aprendizagem graças à boa resposta obtida pelos alunos nos testes do MEC.
O Maranhão foi o Estado pioneiro na adoção do modelo do Telecurso 2000 nas turmas de aceleração. Mas o Ceará terá, a partir de amanhã, 155,1 mil alunos com mais de 15 anos ligados na TV.
O projeto cearense "Tempo de Avançar" será a maior experiência de teleducação no país. Das 13.078 telessalas instaladas no país, 33% estarão no Ceará.
O governo estadual se uniu às prefeituras para montar 4.809 telessalas em 184 municípios cearenses. Pelo menos 5.600 professores receberam treinamento para atuar como monitores.
Todos os alunos com mais de 15 anos que estavam entre a 5ª e a 8ª séries e todos os maiores de 18 anos que ainda não haviam concluído o ensino médio foram incluídos no programa.
Os alunos estudarão quatro horas por dia. Cada aula pela TV dura 15 minutos. Em seguida, eles passam mais 50 minutos fazendo exercícios e atividades relacionadas à aula dada pela TV.
"Em 99, nós havíamos conseguido matricular 98% das crianças. O esforço para colocar todo mundo estudando trouxe para as salas de aula uma quantidade grande de alunos que haviam parado de estudar e que estavam atrasados. Sem a TV, jamais conseguiríamos regularizar o fluxo", diz o secretário de Educação do Ceará, Antônio Naspolini.
No Maranhão, os alunos que repetiram mais de dois anos ou que começaram a estudar tarde recebem atenção diferenciada para poder recuperar o tempo perdido e chegar à série adequada à idade.
No ano passado, 94% dos alunos que estavam em turmas de aceleração foram aprovados. Nas classes regulares, o índice de aprovação foi de 74%.
"O Telecurso 2000 é voltado para jovens e adultos. Por isso ele é tão apropriado para ser usado em turmas de aceleração e no ensino médio. Os conteúdos trabalhados fazem parte da rotina dos adolescentes e adultos", diz Vilma Guimarães gerente de Educação da Fundação Roberto Marinho. (DF)

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