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AMBIENTE
Ontem, três tipuanas caíram em Moema (zona sul)
Prefeitura contrata IPT para fazer diagnóstico das árvores da cidade
DA REPORTAGEM LOCAL
E DO "AGORA"
Um dia após a queda de uma tipuana causar a morte de uma pessoa na cidade, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente assinou contrato com o
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para fazer uma espécie
de censo das árvores de São Paulo. Ontem, em Moema (zona sul),
outras três tipuanas caíram.
O diagnóstico do IPT começará
em uma área piloto que inclui os
bairros Alto de Pinheiros (zona
oeste), Pacaembu (centro), Sumaré (oeste), Vila Nova Conceição e Jardim Paulista (sul) -regiões mais arborizadas da cidade.
O preço do estudo dependerá
do resultado obtido na área piloto. De acordo com a secretaria,
deverá variar de R$ 300 mil a R$
500 mil. Será o primeiro estudo
do gênero, já que a prefeitura,
também segundo a secretaria,
não sabe quantas árvores há na cidade nem em que estado estão.
O contrato vinha sendo negociado havia cerca de dois meses,
época em que várias árvores caíram em São Paulo após temporais. Somente em 2 de dezembro,
49 foram derrubadas pelas chuvas. Problemas com cupins e fungos são apontados como causas.
Durante a negociação do convênio, técnicos do IPT haviam alertado a prefeitura sobre os riscos
que corriam bairros como Alto de
Pinheiros e Jardim Paulista. Na
região, segundo os técnicos, há espécies como tipuana, jacarandá,
pinheiro e alecrim-de-campinas
com idade entre 80 e 90 anos.
Acidente
Uma tipuana caiu ontem, na
rua Lourenço de Almeida, em
Moema. Ao cair, a árvore derrubou outras duas da mesma espécie. Ninguém foi atingido. O acidente aconteceu por volta das 13h
e, segundo a Subprefeitura da Vila
Mariana, foi provocado pela chuva e ventania.
Na rua Tutóia, no Paraíso (zona
sul), onde um homem morreu
atingido por uma árvore anteontem, outras árvores ameaçam
tombar. Há pelo menos sete muito inclinadas e uma delas já causou até confusão entre vizinhos.
Marlene Cortes, 40, dona de
uma lanchonete no número 705
da rua, passou um mês ligando
para a Subprefeitura da Vila Mariana para pedir o corte da árvore.
De tão inclinada, ela já causou estragos em vários carros.
No dia 8 de fevereiro, quando os
funcionários da subprefeitura
chegaram, um morador vizinho à
lanchonete disse que não deixaria
cortar a árvore, alegando que não
havia autorização -nesse caso a
autorização não era necessária.
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