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Após 2 meses, peritos não desceram à cratera do metrô
Técnicos do IPT ainda aguardam autorização do consórcio
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dois meses do acidente
nas obras da linha 4-amarela do
metrô de Pinheiros, completados ontem, os peritos do IPT e
do Instituto de Criminalística
de São Paulo ainda não foram
autorizados pelo Consórcio Via
Amarela a descer à cratera para
investigar as causas do desabamento que matou sete pessoas.
Segundo a assessoria de imprensa do grupo de construtoras -integrado por Odebrecht,
OAS, Queiroz Galvão, Camargo
Corrêa e Andrade Gutierrez-
ainda "não há uma data definida" para ocorrer essa liberação.
Ela depende do término da estabilização do solo na cratera.
Essa indefinição provoca a
incerteza sobre a data da conclusão dos laudos sobre o acidente, previstos inicialmente
para agosto. São eles que irão
apontar os responsáveis pelo
acidente. Até agora, não se sabe
o que causou o desabamento.
Todas as suspeitas ainda são
consideradas especulação.
Ontem, o IPT afirmou não
ter mais uma previsão de quando poderá entregar o parecer.
Isso porque, além do atraso para análise de campo, quando o
primeiro prazo foi divulgado
não havia ocorrido a paralisação das 23 frentes de trabalho
para avaliação da segurança.
Essa paralisação também
comprometeu o prazo de entrega dos laudos porque o IPT
precisou desviar parte da equipe de Pinheiros para avaliar os
pareceres enviados pelo consórcio sobre a segurança. A avaliação do IPT vai definir a liberação, ou não, da retomada das
escavações.
A Secretaria da Segurança
Pública foi procurada ontem
para informar se o IC (Instituto
de Criminalística) possui previsão de conclusão da perícia,
mas não houve resposta.
Também está nas mãos do
IPT a volta da casa das famílias
vizinhas à futura estação Pinheiros. Há dois meses longe
de casa, os moradores esperam
uma avaliação do instituto sobre a terra sob os imóveis.
O órgão já concluiu quase todas as vistorias dos 74 imóveis
interditados, faltam nove, mas
a Subprefeitura de Pinheiros
informou que só vai autorizar a
liberação deles após a avaliação
do laudo geológico pelo instituto, sem previsão para ocorrer.
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