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Brasileira acusada de matar filho nega crime
Julgamento é em Portugal; defesa diz não haver prova científica que a incrimine pela morte de Leonardo, 6
VITORINO CORAGEM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LISBOA
A defesa da brasileira Ana
Virgínia Moraes Sardinha, 38,
que responde em Portugal a um
processo sob acusação de ter
matado o próprio filho, voltou a
sustentar que não existem provas científicas do crime.
Ontem foi a segunda sessão
do julgamento. A primeira
ocorreu em fevereiro.
O filho de Ana Virgínia, Leonardo Sardinha, 6, morreu em 5
de julho de 2007. Era a data em
que ela voltaria ao Brasil, após
se desentender com o companheiro à época -o ex-jogador
de futebol Nuno Guilherme de
Almeida Sampaio.
Administradora de empresas
e natural de Salvador, a brasileira argumenta que se preparava para fazer as malas quando o filho resistiu à idéia de voltar. Ela, então, disse ter lhe dado um medicamento para dormir. Para a acusação, Ana Virgínia obrigou Leonardo a tomar
três frascos de um remédio para epilepsia, o que o intoxicou e
causou sua morte.
Além de falar em falta de provas, a defesa da brasileira pediu
uma nova autópsia na criança.
A juíza que preside o julgamento, Graça Saúde, negou.
Chamado a depor, o perito
que fez a autópsia, Francisco
Santos, disse que a quantidade
de medicamento para epilepsia
no corpo do garoto é "prova suficiente para responsabilizar a
mãe pelo ato". Também ao tribunal, o neurologista João
Proença, do hospital onde o
menino foi atendido, afirmou
não crer em intoxicação.
O julgamento continua no
próximo dia 11 de abril.
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