São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Brasileira acusada de matar filho nega crime

Julgamento é em Portugal; defesa diz não haver prova científica que a incrimine pela morte de Leonardo, 6

VITORINO CORAGEM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LISBOA

A defesa da brasileira Ana Virgínia Moraes Sardinha, 38, que responde em Portugal a um processo sob acusação de ter matado o próprio filho, voltou a sustentar que não existem provas científicas do crime.
Ontem foi a segunda sessão do julgamento. A primeira ocorreu em fevereiro.
O filho de Ana Virgínia, Leonardo Sardinha, 6, morreu em 5 de julho de 2007. Era a data em que ela voltaria ao Brasil, após se desentender com o companheiro à época -o ex-jogador de futebol Nuno Guilherme de Almeida Sampaio.
Administradora de empresas e natural de Salvador, a brasileira argumenta que se preparava para fazer as malas quando o filho resistiu à idéia de voltar. Ela, então, disse ter lhe dado um medicamento para dormir. Para a acusação, Ana Virgínia obrigou Leonardo a tomar três frascos de um remédio para epilepsia, o que o intoxicou e causou sua morte.
Além de falar em falta de provas, a defesa da brasileira pediu uma nova autópsia na criança. A juíza que preside o julgamento, Graça Saúde, negou.
Chamado a depor, o perito que fez a autópsia, Francisco Santos, disse que a quantidade de medicamento para epilepsia no corpo do garoto é "prova suficiente para responsabilizar a mãe pelo ato". Também ao tribunal, o neurologista João Proença, do hospital onde o menino foi atendido, afirmou não crer em intoxicação.
O julgamento continua no próximo dia 11 de abril.


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