São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Falta de guincho para remover veículos estacionados já dura mais de três anos

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de guinchos para remover veículos estacionados em situação irregular em São Paulo já dura mais de três anos, e a perspectiva de minimizar a deficiência teve novo revés.
O TCM (Tribunal de Contas do Município) suspendeu, na semana passada, a licitação da CET para a contratação dos serviços terceirizados após apontar problemas no edital.
A companhia de trânsito afirma que esclarecerá as dúvidas levantadas pelo órgão, sem, porém, fixar um prazo para que os guinchamentos voltem ao normal. A promessa de retomada é feita desde 2005, na gestão José Serra (PSDB).
Hoje a CET dispõe apenas de sua própria frota de guinchos, voltada à retirada de autos quebrados ou acidentados. De 32 equipamentos, 14 são para retirar veículos estacionados em local proibido, que atrapalham a fluidez. A remoção é feita só em casos urgentes.
Até 2004 havia um contrato pelo qual 35 guinchos terceirizados faziam essa função. As remoções, na época, chegavam a 1.700 num único mês -165% a mais do que no mês passado.
A licitação suspensa pelo TCM prevê até 5.000 remoções por mês, com 48 guinchos e três pátios, ao custo de R$ 64 milhões, durante três anos.
Hoje, a média de veículos retirados pelos guinchos da CET por estacionamento irregular se limita a 50 por mês -nem dois por dia. A descontinuidade do serviço agrava congestionamentos e incentiva bloqueios de garagens.
O problema começou no fim da gestão Marta Suplicy (PT), em meio à crise financeira para atender à Lei de Responsabilidade Fiscal. A promessa de retomada dos guinchamentos foi alvo de seguidas tentativas fracassadas -pela demora para definir as condições de licitação e pelas contestações jurídicas às concorrências.
O TCM diz que a suspensão da concorrência na última semana foi decidida por dois motivos: por incluir a locação de um terreno de 12,5 mil metros quadrados para os veículos; e, pela avaliação do tribunal, por não haver definições claras a respeito de quem será a competência pela apreensão dos automóveis. (AI e RS)

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