São Paulo, sexta-feira, 13 de abril de 2007

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Emilly, 11 meses, esperou só 8 dias por transplante

DA REPORTAGEM LOCAL

Com oito dias de inscrição da fila do transplante, Emilly, 11 meses, conseguiu receber um fígado novo. Cinco dias depois, precisou fazer um novo transplante por conta de uma infecção. Hoje, tem ótima recuperação, segundo os médicos.
Com 23 dias de nascimento, a menina teve diagnosticada atresia das vias biliares, uma doença causada pela obstrução congênita das vias biliares.
"A Emilly tinha icterícia [cor amarela na pele e olhos], urina de cor escura e fezes de cor esbranquiçada. Chorava muito. Era um pesadelo ver minha filha daquele jeito", conta a mãe Laura Mendes, 21.
Desde setembro do ano passado, Laura deixou a família em Cuiabá (MT) e veio sozinha para São Paulo procurar tratamento para sua única filha. "Dá saudade de casa, mas a saúde da Emilly vem em primeiro lugar", diz a mãe.
De setembro a novembro, a menina passou por uma bateria de exames e, no dia 23 de novembro, entrou na fila de transplante. A cirurgia foi feita no dia 1º de dezembro.
Logo depois da cirurgia, Laura conta que a menina sofreu infecção generalizada e paralisação dos rins. Por isso teve que fazer um novo transplante. "Minha filha é valente. Logo estaremos em casa."
A mesma esperança de um retorno breve para casa tem a piauiense Maria de Lourdes Rodrigues Coutinho, 36, mãe de Rafaela, 2. A menina tem uma deficiência metabólica no fígado que se manifesta com sintomas parecidos aos de Emilly.
Mãe e filha chegaram em outubro em São Paulo. Rafaela fez vários exames e só em fevereiro entrou na fila de espera por um fígado. O transplante foi realizada no dia 14 de março. "Logo após a cirurgia, já pude ver o branco do olho da minha filha", diz.


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