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PM retira guarita da região da Paulista
Estrutura estava desocupada havia um ano, mas comerciantes e moradores temem que ausência piore a criminalidade
Base que ficava na esquina das ruas Augusta e Luís Coelho foi removida na terça; auxiliar de limpeza cuidava da estrutura
DO "AGORA"
A guarita da PM (Polícia Militar) que ficava ociosa na esquina das ruas Augusta e Luís
Coelho (região central de SP)
foi retirada e guinchada por
marronzinhos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e por policiais, na manhã da
última terça-feira. Indignados,
comerciantes registraram a remoção da base policial.
Reportagem publicada em 22
de janeiro mostrou que a cabine não era ocupada por PMs
havia cerca de um ano. Na ocasião, comerciantes e moradores reclamaram do aumento da
criminalidade no bairro. Agora,
quem vive ou trabalha no local
teme que a situação piore ainda
mais. Eles acreditam que a cabine, mesmo sem policiais, servia como uma espécie de "espantalho" para os ladrões.
Em janeiro, a PM negou que
a base ficasse vazia e alegou que
os policiais estavam no litoral
reforçando a segurança nas
praias, repletas de turistas.
Agora, a PM afirma que a base
foi removida para substituir
outra em manutenção.
Desde que deixou de ser frequentada por policiais, a guarita passou a ser de responsabilidade do auxiliar de limpeza
Francisco Medeiros Neto, 33.
Era ele quem colocava, retirava
e limpava todos os dias a base. À
noite, a tarefa dele era guardá-la na galeria Augusta.
"Tomara que eles tragam de
novo e coloquem um policial
dentro. Essa área precisa, tem
muito assalto à mão armada",
disse o zelador da galeria Augusta, João Alves Neto, 42. Segundo ele, antes de ser levada, a
cabine ainda era administrada
todos os dias pelo faxineiro,
que contava com sua ajuda.
"Ele colocava às 7h e eu retirava às 20h. Aos sábados a gente deixava das 7h às 18h. Domingo não colocávamos. Agora
que ela foi levada, infelizmente
esse serviço acabou", lamenta.
A guarita, segundo a PM, foi
colocada na esquina da Augusta
em 2002, com outras 39 bases
espalhadas pela região, em parceria da Associação Paulista Viva com a PM. Na época, os policiais ficavam nas bases em dois
turnos -manhã e tarde.
Vandalismo
O trabalho do faxineiro servia para que, à noite, a cabine de
fibra de vidro, avaliada em
R$ 7.000, não fosse alvo de vandalismo. A direção da galeria
havia se comprometido com a
PM a cuidar da guarita.
A ajuda recebida desse e de
outros estabelecimentos, de
acordo com a PM, foi um pedido dos próprios policiais. Eles
se sentiam constrangidos e vulneráveis aos bandidos carregando a base pela rua, ainda de
acordo com a PM.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, após a instalação das cabines houve uma
queda de 82% nos índices de
criminalidade na região da avenida Paulista.
(TALIS MAURICIO)
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