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RIO
Garotinho afasta delegado e critica policiais civis
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário de Segurança do
Rio, Anthony Garotinho, afastou
ontem o delegado da 6ª DP, Renato Bezerra, responsável pela investigação do caso da estudante
baleada no campus da Universidade Estácio de Sá no Rio Comprido (zona norte). Ele mandou
um recado duro aos policiais: "falem menos e investiguem mais".
Segundo o secretário, Bezerra
foi afastado por que teria cedido
as imagens do circuito interno de
TV da universidade para jornais e
emissoras.
Garotinho também advertiu a
chefe do setor de inteligência da
Polícia Civil, inspetora Marina
Magessi, por ter dito que traficantes do morro do Turano, vizinho à
universidade, têm nos alunos da
Estácio a sua principal clientela.
"O papel da polícia não é ficar falando. Só vamos fazer qualquer tipo de afirmação quando tivermos
provas. Quem faz acusações sem
prova está cometendo crime",
disse o secretário.
Magessi disse que só comentou
a divulgação de uma fita em que
um traficante conhecido como
Barbosinha diz a um colega que,
com o início das aulas na Estácio,
a venda de drogas aumentaria.
No fim da tarde, a governadora
Rosinha Matheus (PSB) afirmou
que a polícia está investigando
uma suposta venda de drogas no
campus. "Se alguém vende, é porque tem gente que compra."
Submetralhadora
O tiro que atingiu a estudante
Luciana Gonçalves Novaes, 19, na
semana passada pode ter partido
de uma submetralhadora. Essa é
uma das hipóteses investigadas.
Pela perícia feita na bala, seu calibre é de 0,4 polegada. Segundo especialistas, um projétil desse calibre pode ser usado em pistolas e
em submetralhadoras, armas
usadas pela polícia.
A partir dessa informação, a polícia começa a trabalhar com a hipótese de que o tiro teria partido
de dentro do campus.
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