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Pastor compara união gay a zoofilia e necrofilia
Crítica foi feita em audiência sobre Estatuto das Famílias
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A audiência pública que discute na Câmara dos Deputados
a reforma do direito de família
no Brasil, chamado Estatuto
das Famílias, virou palco de
embate entre defensores da
união homoafetiva e religiosos.
Além do reconhecimento da
união civil entre pessoas do
mesmo sexo, a outra grande polêmica no plenário cheio de
pessoas que se declaravam
evangélicas foi a de casais gays
adotarem crianças.
Essas questões, porém, não
estão no projeto do estatuto em
análise pela CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça), tendo
sido retiradas anteriormente.
Há uma corrente que quer recolocar os itens no texto.
O pastor evangélico Silas Malafaia, membro da Assembleia
de Deus, foi o mais enfático
contra a inclusão da união homoafetiva no projeto de lei. Ele
afirmou que não é qualquer
prática social que deve ser incluída na legislação, como a liberação das drogas e a união
entre pessoas do mesmo sexo.
Em tom de ironia, disse: "Vamos colocar na lei tudo o que se
imaginar. Quem tem relação
com cachorro, vamos botar na
lei. Eu vou apelar aqui. É um
comportamento, ué, vamos
aceitar. Quem tem relação com
cadáver, é um comportamento,
vamos botar na lei".
Novos costumes
Contra essa posição, entidades e parlamentares, no entanto, defenderam que o Congresso deve reconhecer que a família mudou e não é mais apenas
formada por casais heterossexuais e seus filhos.
"Percebo um esforço de não
se criar uma realidade imaginária", disse a deputada Manuela
d'Ávila (PCdoB-RS), referindo-se aos defensores da proposta
original do estatuto.
Ignorar a realidade é "omissão perversa", defendeu Maria
Berenice Dias, vice-presidente
do Instituto Brasileiro de Direito de Família, idealizador do
estatuto, apresentado pelo deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA).
(JOHANNA NUBLAT)
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