São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pastor compara união gay a zoofilia e necrofilia

Crítica foi feita em audiência sobre Estatuto das Famílias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A audiência pública que discute na Câmara dos Deputados a reforma do direito de família no Brasil, chamado Estatuto das Famílias, virou palco de embate entre defensores da união homoafetiva e religiosos.
Além do reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo, a outra grande polêmica no plenário cheio de pessoas que se declaravam evangélicas foi a de casais gays adotarem crianças.
Essas questões, porém, não estão no projeto do estatuto em análise pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), tendo sido retiradas anteriormente. Há uma corrente que quer recolocar os itens no texto.
O pastor evangélico Silas Malafaia, membro da Assembleia de Deus, foi o mais enfático contra a inclusão da união homoafetiva no projeto de lei. Ele afirmou que não é qualquer prática social que deve ser incluída na legislação, como a liberação das drogas e a união entre pessoas do mesmo sexo.
Em tom de ironia, disse: "Vamos colocar na lei tudo o que se imaginar. Quem tem relação com cachorro, vamos botar na lei. Eu vou apelar aqui. É um comportamento, ué, vamos aceitar. Quem tem relação com cadáver, é um comportamento, vamos botar na lei".

Novos costumes
Contra essa posição, entidades e parlamentares, no entanto, defenderam que o Congresso deve reconhecer que a família mudou e não é mais apenas formada por casais heterossexuais e seus filhos.
"Percebo um esforço de não se criar uma realidade imaginária", disse a deputada Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), referindo-se aos defensores da proposta original do estatuto.
Ignorar a realidade é "omissão perversa", defendeu Maria Berenice Dias, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, idealizador do estatuto, apresentado pelo deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA). (JOHANNA NUBLAT)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.