São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2011 |
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Metrô não sabe onde colocar nova estação Moradores de Higienópolis pressionaram para evitar construção na av. Angélica; no Pacaembu, demanda é pequena Agora, como terceira opção, empresa estatal paulista estuda alguns locais na área entre a Faap e a praça Vilaboim RICARDO GALLO JOSÉ BENEDITO DA SILVA DE SÃO PAULO O Metrô mudou, de novo, a localização da estação que ficará entre os bairros de Higienópolis e Pacaembu, na região central de São Paulo. Depois da pressão de moradores e empresários, a companhia desistiu da avenida Angélica e decidiu levá-la para o Pacaembu, no entorno da praça Charles Miller. Agora, a estatal planeja construir a estação no "miolo" de Higienópolis. O espaço a ser ocupado pela nova estação -batizada de Faap/Pacaembu- ficará entre a praça Vilaboim e a avenida Pacaembu, afirmou o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda. As mudanças têm caráter técnico, sustenta a empresa. A opção pelo Pacaembu, anunciada em audiência pública no dia 4, nove dias atrás, foi abandonada porque lá há menos passageiros. Se ficasse na av. Angélica, como previsto originalmente, a estação receberia 25 mil pessoas por dia. No Pacaembu, seriam 17 mil, 32% a menos -simulação da companhia projetou movimento ainda menor, 3.000 pessoas/dia, apurou a Folha. O presidente do Metrô estima que, no "miolo" de Higienópolis, a estação Faap/Pacaembu atraia os mesmos 25 mil usuários que teria caso estivesse na Angélica. "Isolada no Pacaembu, a demanda cai. Já uma estação mais próxima à Faap atende à demanda da Angélica, do miolo de Higienópolis e do Pacaembu", disse Avelleda. A estação pertence à linha 6-laranja, cujas obras o Metrô prevê iniciar em 2012. A operação ficará para 2017. O custo não está definido. Atualmente, o Metrô toca o projeto básico da obra. Segundo Avelleda, as estações passam hoje por "refinamento de localização". "Linha só fica pronta quando termina. Não é "vai ser aqui" e acabou", disse. Não foram as únicas modificações na linha 6. Até 2010, o mapa contemplava duas estações na região, nas avenidas Angélica e Pacaembu. Em julho daquele ano, o Metrô excluiu a Pacaembu -resgatada no dia 4 e, agora, de novo, abandonada. ESTUDO Um estudo de solo subsidiará a escolha da nova área. Será necessário também identificar os imóveis tombados; construir em torno deles exige autorização do conselho de patrimônio municipal. Entre eles estão o edifício Louveira, na praça Vilaboim, e a própria praça. A nova mudança não implicará aumento de custos ou atraso de cronograma, segundo o Metrô, porque o projeto está em fase inicial. O presidente do Metrô elencou razões técnicas para tirar a estação da Angélica. Lá, ficaria a 610 metros da Higienópolis/Mackenzie e 1,5 km da PUC-Cardoso de Almeida. A ideia foi colocá-la em área equidistante. Os trens, assim, poderão andar mais rápido, disse. Ele negou influência da comunidade local. "Estamos também desagradando aos que queriam que a estação ficasse [na Angélica]", disse. Entre outros, seriam desapropriados um supermercado Pão de Açúcar e uma loja de vinhos de Leila Furlan, irmã do empresário e ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan. Próximo Texto: Entrevista: "A linha só fica pronta quando acaba", diz Metrô Índice | Comunicar Erros |
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