São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2006

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JUSTIÇA

Para promotoria, entrevista de Suzane deve ser desconsiderada

DA FOLHA ONLINE

O Ministério Público Federal manifestou-se ontem em favor da retirada da fita com a entrevista concedida por Suzane von Richthofen à Rede Globo do processo que a acusa de ter participado da morte dos pais em 2002. O pedido foi feito pela defesa dela, por meio de um habeas corpus.
O parecer do Ministério Público foi enviado ao ministro Nilson Naves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que deverá julgar a solicitação. No pedido, a defesa de Suzane sugere que o julgamento do caso permaneça suspenso até que haja uma decisão final sobre a fita.
Suzane concedeu a entrevista quando estava em liberdade provisória. Ela foi presa um dia após a exibição da reportagem. O material causou polêmica porque, a certa altura, dois dos advogados dela, Denivaldo Barni e Mário Sérgio de Oliveira, aparecem orientando a cliente a chorar e a demonstrar fragilidade diante das câmeras. No habeas corpus que deverá ser julgado ainda nesta semana, a defesa alega que a gravação do momento em que os advogados aparecem orientando a ré é uma prova ilícita.
Outro pedido para retirar a fita dos autos foi negado no último dia 2 com a alegação de que ela foi "voluntariamente gravada". Entretanto, para o subprocurador-geral da República Jair Brandão de Souza Meira, "a conversa foi captada clandestinamente". O parecer concorda com a decisão da OAB-SP que encerrou o processo disciplinar aberto contra os advogados.
Ela teria planejado e executado o crime ao lado dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos. No último dia 5, o julgamento dela foi adiado para 17 de julho após a defesa deixar o 1º Tribunal do Júri. Ela cumpre prisão domiciliar.


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