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Assaltante foi visto um dia antes na Estação Pinacoteca
Segundo policial que investiga roubo das obras, atendentes e monitores viram um dos três ladrões no local anteontem
A polícia acredita que ladrão tenha ido ao local para fazer
"reconhecimento" e ter certeza de que as obras
estariam em exposição
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo menos um dos três assaltantes que participaram do
roubo das obras esteve um dia
antes do crime na Estação Pinacoteca para fazer um trabalho de "reconhecimento" do local, segundo disse à Folha um
policial que participa das investigações. A polícia divulgou
retratos falados de dois dos
suspeitos ontem.
Foram atendentes e monitores da Estação Pinacoteca que
disseram à polícia ter visto pelo
menos um dos assaltantes no
edifício na quarta-feira. A polícia acredita que ele tenha ido
ao local para ter certeza de que
as obras visadas estariam expostas no dia do assalto.
O Deic (Departamento de
Investigações Sobre o Crime
organizado) afirmou que não
tem indícios da participação de
funcionários ou ex-funcionários no crime, mas a hipótese
não foi descartada.
As primeiras pistas que a polícia obteve são retratos falados
de suspeitos, imagens gravadas
pelo circuito de câmeras de segurança do local e impressões
digitais recolhidas dentro do
museu. Quando algum suspeito for identificado, suas impressões digitais serão comparadas com as recolhidas ontem.
Já as imagens gravadas pelas
câmeras de segurança devem
ser melhoradas e aproximadas
por peritos da polícia, para que
seja possível identificar os rostos dos criminosos, segundo o
delegado Youssef Abou Chahin, diretor do Deic. Também é
tema da investigação o meio
utilizado pelos bandidos para
fugir. Segundo a polícia, ou eles
entraram em um carro que os
esperava ou deixaram o local
em pelo menos duas motocicletas. Para obter mais pistas, a
polícia procura por gravações
de câmeras de segurança de
edifícios vizinhos que possam
ter registrado a fuga.
A procura aos criminosos foi
delegada aos policiais da 3ª Delegacia do Patrimônio do Deic,
a mesma equipe que recuperou
os quadros furtados no Masp.
Eles trabalham com a hipótese
de que as obras tenham sido
encomendadas.
Diferentemente do que
aconteceu na investigação do
furto das obras do Masp, a Polícia Federal não investigará o
caso. Isso porque as obras roubadas não são tombadas pelo
patrimônio histórico e cultural.
Apesar disso, segundo a Polícia
Civil, autoridades em portos e
aeroportos já foram notificados, assim como o Conselho
Internacional de Museus, que
alerta museus e colecionadores
a não comprar obras roubadas.
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