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Colisão frontal é acidente mais comum
Choque de veículos contra pontes, muretas e estruturas fixas são um terço das batidas nas rodovias de SP
Para especialistas, fatores como abuso de velocidade e sonolência estão mais presentes nesse tipo de acidente
DE SÃO PAULO
Os choques de veículos
contra estruturas fixas, como
pontes e defensas metálicas,
representam quase um terço
dos acidentes nas rodovias
estaduais de São Paulo.
Trata-se do tipo mais comum de ocorrência, seguido
das colisões traseiras/frontais e colisões laterais/transversais - com 20% cada.
Esse cenário é citado pela
Secretaria de Estado dos
Transportes como um indicador de que a maioria dos acidentes não está relacionada
às condições das estradas,
mas à imprudência de motoristas ou defeito do veículo.
Especialistas concordam
que fatores como abuso de
velocidade e sonolência estão mais presentes nesse tipo
de batida. Nem por isso deixam de citar que há falhas
geométricas em rodovias.
Um estudo de Sergio Ejzenberg, mestre em engenharia de transportes pela
USP, por exemplo, já indicou
que os próprios manuais de
projetos para a construção de
curvas ignoram fatores que
levam ao tombamento lateral de caminhões e ônibus.
Em números brutos, os
carros são os que mais se acidentam nas estradas, seguidos pelos caminhões. Porém
as maiores vítimas são os motociclistas e pedestres -envolvidos em 52% do total dos
acidentes em que há feridos.
O governo do Estado afirma que "para a redução de
acidentes" desenvolve "campanhas de conscientização
com temas específicos, como
alcoolemia, direção defensiva, de prevenção de atropelamentos de cuidados com a
mecânica do carro".
Diz também que tem investido na construção de muretas e telas de proteção para
evitar a passagem de pessoas
de um lado ao outro da rodovia e na construção de passarelas -47 desde 2008. A partir da redução do número de acidentes com motoristas sob efeito de álcool, a
interpretação do Estado é de
que os usuários estão mais
conscientes após a lei seca.
Assim, indica que a elevação dos acidentes neste ano
se deve a outros fatores.
Ele diz que, de janeiro a
maio, os condutores alcoolizados envolvidos em acidentes com vítimas, por exemplo, caíram de 325 para 171.
A fiscalização, porém, é
considerada insuficiente por
especialistas. "Pelo que a Organização Mundial da Saúde
preconiza, 1/3 dos condutores teria que passar por controle da alcoolemia em um
ano. Estamos muito longe",
diz José Montal, da Abramet
(associação de medicina do
tráfego).
(ALENCAR IZIDORO)
Folha.com
Veja trabalho de resgate
em acidente
www.folha.com.br/
mm749840
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