São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FERNANDO AZEVEDO DE ALMEIDA (1924-2010)

Biógrafo de Ciccillo Matarazzo

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Tirassem o lápis da mão de Fernando Azevedo de Almeida, e ele não saberia mais o que fazer. Adorava escrever, lembra sua mulher, Vicky.
Em 1945, o filho de portugueses teve a oportunidade de mostrar seu talento. Soube de um concurso num jornal, apresentou uma reportagem, ganhou e começou a trabalhar como jornalista.
Acabaria entrando para os Diários Associados. Na TV Tupi, passou a escrever textos para o Repórter Esso.
Trabalharia ainda na Excelsior e no Shopping News, onde se aposentou após editar o caderno de turismo por 15 anos. Depois, fez serviços para a "Folha da Manhã".
Escrever era de família. Seu irmão, Gastão, aventurou-se pela poesia, gênero que Fernando apreciava.
Quando decidiu escrever fora da imprensa, dedicou-se à biografia. É autor de "O Franciscano Ciccillo", sobre a vida de Ciccillo Matarazzo, fundador da Bienal de SP.
Por causa da obra, lembra a mulher, Fernando acabou chateando um de seus amigos, o ex-presidente da República Jânio Quadros.
Segundo Vicky, o livro traz muitos detalhes sobre a Bienal, assunto que causou rusgas entre Ciccillo e Jânio. O político chegou a ligar para o amigo-autor, reclamando.
Fernando sofria de mal de Alzheimer. Morreu anteontem, aos 85 anos. Deixa viúva, duas filhas e uma neta, estudante de jornalismo. Foi enterrado ontem, no cemitério São Paulo, na capital.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: CET faz esquema de feriado para estreia do Brasil na Copa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.