São Paulo, sábado, 13 de junho de 1998

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EFEITO COPA
Jogos do Mundial fazem empresas adiarem seus encontros para o próximo mês, deixando poucas vagas
Hotéis lotam em julho para congressos

CLÁUDIA COLLUCCI
da Redação

Você que vai tirar férias em julho não deixe para programar sua viagem para depois da Copa. Vários hotéis do interior já estão reservados por empresas que resolveram, devido aos jogos da seleção, transferir seus eventos para julho. No Park Hotel Atibaia, a 65 km de São Paulo, 70% dos 104 apartamentos já estão reservados para empresas. Só a Telesp reservou 20 apartamentos para cinco eventos que vão acontecer no local. Segundo Vittório Manzoli, 40, gerente-geral do hotel, na primeira quinzena de julho, o time do Corinthians vai ocupar pelo menos 25 apartamentos do hotel. Já na última quinzena do próximo mês, o hotel estará fechado para convenções, simpósios e reuniões de empresas. As diárias variam de R$ 150,00 a R$ 186,00, mais 10% de taxa de serviço. Nesse preço, já estão incluídas todas as refeições. Também em Atibaia, o Hotel Village Eldorado já tem 50% de seus 118 apartamentos reservados para convenções em julho. Por causa da grande procura de empresas, o hotel desistiu de oferecer pacotes promocionais para as férias. "Ainda temos alguns apartamentos que podem ser usados para o lazer, mas não vamos ter programações específicas de férias", diz Luciano Leal, 26, gerente de eventos. O hotel normalmente tem atividades programadas, com monitores, em períodos específicos. As férias de julho eram um desses períodos.
Só em São Paulo

Para a gerente de marketing da rede Othon, Letícia Bezerra de Mello, essa grande procura de empresas por hotéis no mês de julho deve estar restrita a São Paulo, cidade voltada muito mais para viagens de negócios do que de lazer.
Ela diz que no Rio, por exemplo, o índice de ocupação na rede deve ficar em 45% no mês de julho. Em São Paulo, o índice deve ficar ainda mais baixo: em torno de 35%.

Novo perfil

"O perfil das férias de julho mudou. Muitas escolas só dão 15 dias de férias para os alunos. Outras, por causa das greves, suspenderam as férias", afirma.
A empresária Cristiana Martins, 31, diz que pretende passar 15 dias de julho com os filhos em um hotel-fazenda próximo à capital.
Ela afirma que já começou a fazer uma pesquisa de preços e, em pelo menos dois hotéis, foi informada sobre a grande procura por empresas no mês de férias.
"Ainda não me decidi, mas vou resolver isso na próxima semana, senão meus filhos correm o risco de passar as férias em casa", diz.



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